"Posto de luxo" em troca de apoio dado nas privatizações
O BE considerou hoje que a Goldman Sachs vai dar um "posto de luxo" a José Luís Arnaut para o premiar pelas portas que lhe abriu em Portugal, sublinhando que a empresa causou muita "destruição" no país.
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Economia José Luís Arnaut
"A marca deste Governo, que é um Governo do sucesso do interesse financeiro contra os interesses da população está patente numa notícia de hoje: José Luís Arnaut vai ser premiado com um posto de luxo na Goldman Sachs", disse a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, nos Açores.
Catarina Martins destacou que a empresa é hoje a maior acionista dos CTT e José Luís Arnaut "esteve em todas as privatizações, ora do lado do Estado, ora do lado dos privados", referindo, além dos correios, o caso da REN ou da EDP.
"Bem vemos que esta instituição financeira que tanta destruição causou no nosso país e a nível internacional é a menina dos olhos do Governo e está a premiar quem lhe abriu tantas portas no nosso país", afirmou.
Catarina Martins destacou que a Goldman Sachs é "uma das instituições financeiras responsáveis pela crise" que Portugal vive, referindo que "vendeu swaps tóxicos a empresas públicas portuguesas e depois o Governo resolver contratar para assessorar o regresso aos mercados".
"Esta defesa dos interesses das instituições financeiras internacionais contra o país que vemos premiada nesta contratação é a marca de um governo que todos os dias atenta contra quem vive neste pais", afirmou.
Na sexta-feira, o banco norte-americano anunciou que escolheu o ex-ministro-adjunto de Durão Barroso para o conselho consultivo internacional da instituição, onde irá substituir Mário Monti, antigo primeiro-ministro italiano.
José Luís Arnaut, que foi também ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional no Governo de Santana Lopes (entre 2004 e 2005) e secretário-geral do PSD, irá fazer parte de um grupo de consultores onde está integrado, por exemplo, o ex-presidente do Banco Mundial, Robert Zoelick.
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