Líderes africanos mostram apoio ao presidente do BAD
Vários chefes de Estado e de Governo em África, incluindo Umaro Sissoco Embalo, da Guiné-Bissau, enviaram mensagens de apoio ao presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, que hoje tomou posse para o segundo mandato de cinco anos.
© Lusa
Economia BAD
"Os líderes africanos reafirmaram o seu apoio ao Bando e à liderança de Akinwumi Adesina no início do segundo mandato, com um renovado empenho no apoio ao desenvolvimento sustentado no continente", lê-se numa nota do BAD.
"Em mensagens de congratulações para assinalar a tomada de posse, os presidentes da Nigéria, Ruanda, Guiné, Libéria, República do Congo e Guiné-Bissau, elogiaram as intervenções do banco, especialmente a sua ajuda aos estados membros no seguimento da pandemia da covid-19", acrescenta-se no comunicado, que cita partes das mensagens enviadas pelos chefes de Estado.
"Também houve mensagens de solidariedade do antigo presidente da Nigéria Goodluck Jonathan e de entidades regionais, incluindo a Comissão da União Africana, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA) e da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD)", conclui-se no texto.
No discurso de tomada de posse, o banqueiro Akinwumi Adesina defendeu um maior envolvimento do banco na definição das políticas públicas dos Estados africanos no discurso de tomada de posse para o segundo mandato.
"Ao olharmos para o futuro, deixem-me garantir que o Banco vai desempenhar um papel maior nos diálogos de políticas públicas com os países, vamos apoiar a gestão sustentável da dívida pública, aumentar o crescimento 'verde' e acelerar a promoção de empregos para os jovens no continente", disse Akinwumi Adesina.
"Mais do que nunca, vamos expandir as parcerias - parcerias financeiras, de conhecimento, e de investimento", acrescentou o banqueiro, defendendo "parcerias fortes e inclusivas com a sociedade civil, o mundo académico e os centros de excelência académicos".
No discurso, Adesina agradeceu a votação unânime que recebeu dos 81 países membros do BAD, considerando que foi "colocado num pedestal coletivo" e prometeu renovado empenho, apresentando novas metas e áreas de intervenção do banco no seguimento dos impactos da pandemia de covid-19.
Akinwumi Adesina conseguiu na semana passada o apoio de todos os acionistas do banco, no final de um processo de turbulência interna devido às denúncias feitas por um conjunto anónimo de funcionários sobre a atuação do banqueiro, nos quais todos os acionistas africanos expressaram apoio incondicional, ao contrário dos não regionais.
Os governadores do BAD são geralmente os ministros das Finanças e da Economia ou os governadores dos bancos centrais dos 54 países africanos que são membros do BAD, a que se juntam mais 27 membros não regionais, entre os quais está Portugal, que foi representado nas reuniões pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Teresa Ribeiro.
Recentemente, Adesina foi alvo de acusações feitas por um conjunto anónimo de funcionários sobre favorecimento de familiares e atribuição de contactos.
A decisão da comissão de ética do banco, que ilibou o presidente da instituição, foi criticada pelos Estados Unidos da América, a que se juntaram depois outros membros não regionais, como os Países Baixos e o Reino Unido.
A comissão nomeou então um grupo de trabalho, do qual fazia parte a antiga Presidente da Irlanda Mary Robinson, para validar as conclusões da investigação, tendo o grupo concluído que Adesina devia ser absolvido de todas as acusações feitas pelo grupo anónimo de funcionários e que o comité de ética analisou de forma isenta o caso.
Os próximos Encontros Anuais do BAD serão realizados em Acra, a capital do Gana, de 24 a 28 de maio de 2021.
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