"Pedimos a realização de um plenário para hoje e a administração rejeitou ceder as instalações, alegando que não havia condições sanitárias. Dissemos que estávamos dispostos a fazer o plenário no exterior, mas continuaram a dizer que não aceitavam. Dissemos então que faríamos vários plenários em pequenos grupos, mantendo a distância de dois metros [entre os participantes] e com uso de máscara, mas, numa atitude intransigente, nunca estiveram abertos ao diálogo e disseram sempre que não, invocando a saúde dos trabalhadores", disse à agência Lusa o dirigente sindical Miguel Moreira.
A agência Lusa tentou obter uma reação por parte da administração da Efacec, o que não foi possível até ao momento.
Acusando a administração do grupo Efacec de, "às custas da pandemia, tentar por todos os meios bloquear/impedir a liberdade sindical na empresa", o Site-Norte considera que o objetivo é fazer com "que não haja diálogo" entre o sindicato e os trabalhadores.
"Achamos esquisito [que se negue a realização do plenário por questões sanitárias], quando os relatos que nos chegam são de que almoçam mais de 100 trabalhadores ao mesmo tempo na cantina", sustenta.
De acordo com Miguel Moreira, o objetivo do plenário de hoje era "falar com os trabalhadores sobre o que se passou durante o 'lay-off'", que terminou em 31 de julho, mas durante o qual o sindicato diz ter havido "a subcontratação de empresas externas para substituir funcionários".
Outro dos temas em cima da mesa seria a nacionalização da empresa.
Segundo o dirigente sindical, o sindicato reuniu "centenas de assinaturas" de trabalhadores num abaixo assinado que pretende entregar ao Governo no próximo dia 24, em que tem agendadas reuniões com vários grupos parlamentares, exigindo "a nacionalização definitiva da Efacec e a defesa dos postos de trabalho".