Uma em cada cinco empresas prevê reduzir trabalhadores até final do ano

Uma em cada cinco empresas prevê reduzir o número de trabalhadores até final do ano devido à crise causada pela pandemia de covid-19, segundo um inquérito apresentado hoje pela CIP - Confederação Empresarial de Portugal.

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Lusa
14/09/2020 18:40 ‧ 14/09/2020 por Lusa

Economia

CIP

Os resultados do inquérito tiveram em conta a resposta de 658 empresas maioritariamente dos setores da indústria e energia, serviços e comércio, sendo 75% micro ou pequenas empresas.

Sobre a evolução de recursos humanos até final do ano, 21% das empresas responderam que preveem diminuir o número de trabalhadores, numa média de 27%, enquanto a maioria (69%) espera manter os postos de trabalho e 10% estimam aumentar o número de trabalhadores em 14% em média.

A CIP sublinha que a percentagem de empresas que pensa manter trabalhadores "é bem melhor do que a previsão de quebra de vendas, o que significará um esforço das empresas em manter postos de trabalho face à quebra de vendas".

"As expectativas de vendas das empresas respondentes para os próximos quatro meses é claramente negativa face a 2019", pode ler-se no documento elaborado em parceira com Marketing FutureCast Lab do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), no âmbito do projeto Sinais Vitais.

Segundo o estudo, 61% das empresas antecipam uma redução das vendas no último quadrimestre do ano, sendo a média da quebra esperada de 39%.

Por outro lado, 12% das empresas preveem aumentar as vendas, numa média de 22%, enquanto 27% antecipam a sua manutenção.

Outro dado "preocupante", segundo a CIP, é a percentagem de empresas que pensam em diminuir o investimento em 2021, que atinge os 39%, sendo a média de redução prevista de 54%.

Por sua vez, 44% das empresas preveem manter o investimento em 2021 e 17% antecipam um aumento em média de 34%.

O barómetro compara ainda o estado das encomendas em carteira a 01 de setembro face ao mesmo mês do ano passado revelando que 44% das empresas a que se aplica este indicador (78% da amostra) registaram uma quebra que em média foi de 40%, enquanto 25% mantiveram e 9% aumentaram as suas encomendas em média 23%.

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