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Consultora estima recessão em Moçambique pela primeira vez em 30 anos

A consultora FocusEconomics considera que a economia de Moçambique vai registar este ano um crescimento negativo de 1,3%, o que acontece pela primeira vez em quase 30 anos, devido aos efeitos da pandemia de covid-19.

Consultora estima recessão em Moçambique pela primeira vez em 30 anos
Notícias ao Minuto

09:31 - 28/09/20 por Lusa

Economia Recessão

"A economia deverá contrair-se este ano pela primeira vez em quase três décadas devido às consequências da pandemia", escrevem os analistas no mais recente relatório sobre as economias africanas.

De acordo com o documento, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a economia moçambicana deverá entrar em território negativo este ano, mas "deverá recuperar de forma sólida em 2021", ano em que deverá registar um crescimento de 2,9%.

"As exportações, especialmente de carvão e alumínio, deverão cair face ao abrandamento da procura externa, e o considerável peso da dívida pública também prejudica as perspetivas de recuperação da economia", alertam os analistas.

Antecipando uma subida da inflação para 3,2% este ano e 4,1% em 2021, A FocusEconomics escreve ainda que o sentimento económico, que reflete a confiança dos agentes económicos, caiu novamente em julho, o quinto mês consecutivo de queda e registou o pior resultado da série, num contexto de degradação dos indicadores sobre o emprego, nomeadamente nos setores dos transportes e da construção".

Moçambique registou no domingo mais quatro óbitos devido ao novo coronavírus, elevando o total de mortos para 58, registando ainda 226 novas infeções, anunciou o Ministério da Saúde, passando a ter um total acumulado de 7.983 casos.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 998.463 mortos e mais de 32,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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