O presidente executivo da empresa, Doug Parker, deixou, no entanto, uma porta aberta: "Vamos cancelar" estes despedimentos "e chamar os membros da equipa afetada" se os Democratas e Republicanos chegarem a um compromisso nos próximos dias, disse, numa mensagem aos funcionários.
Entretanto, o pacote de ajuda do Governo expira dentro de poucas horas, que servia para ajudar as companhias a pagar os salários dos seus pilotos, comissários de bordo e mecânicos.
A American Airlines, que como as outras grandes companhias de transporte aéreo se tinham comprometido na Primavera a não despedir ninguém até 30 de setembro, advertiu no final de agosto que teria de despedir 19.000 pessoas se não fosse adotada uma prorrogação.
Mas as discussões entre Democratas e Republicanos sobre um novo plano de apoio à economia, que foi retomado na quarta-feira em Washington, ainda não foram concluídas.
Os membros do Congresso estão também a tentar fazer aprovar legislação que apenas alargaria o programa de subsídios à indústria aérea.
"Infelizmente, não há garantias de que todos estes esforços sejam bem-sucedidos", disse Parker.
Juntamente com os patrões das outras grandes empresas e representantes sindicais, Parker tem vindo a argumentar há várias semanas em Washington a favor da continuação desta ajuda.
O tráfego aéreo, que estava em queda livre no início da pandemia, está longe de voltar ao normal.
Muitos passageiros continuam relutantes em voar em espaço confinado, os voos internacionais continuam sujeitos a restrições rigorosas e as viagens de negócios estão a meio gás.
O número de clientes que passam pela segurança nos aeroportos americanos é ainda cerca de 60% a 70% inferior ao do mesmo período em 2019, de acordo com números governamentais.