"A Brisa - Concessão Rodoviária, S.A. informa que os senhores Vasco Maria Guimarães José de Mello, João Pedro Stilwell Rocha e Melo, João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho, António José Lopes Nunes de Sousa e Michael Gregory Allen apresentaram hoje a renúncia, respetivamente aos cargos de presidente e vogais do Conselho de Administração", lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que não especifica os motivos que levaram à saída destes responsáveis.
O consórcio liderado pela APG concluiu a aquisição de 81,1% do capital da Brisa, e prevê investir 1,2 mil milhões de euros na empresa portuguesa, em 15 anos, segundo um comunicado hoje divulgado.
A conclusão do negócio resulta da "decisão de não oposição por parte do regulador europeu" a esta operação, de acordo com a mesma nota.
No comunicado, as empresas indicaram que, "no seguimento da conclusão da operação, Vasco de Mello é nomeado presidente do Conselho de Administração e António Pires de Lima é nomeado CEO [presidente executivo]" da Brisa.
Os grupos envolvidos nesta operação recordaram que, "em 28 de abril de 2020, o consórcio que inclui a APG, o Serviço Nacional de Pensões da República da Coreia e a Swiss Life Asset Managers" celebrou "um acordo de aquisição de uma participação maioritária na Brisa --Auto-Estradas de Portugal, SA ao Grupo José de Mello e Arcus European Infrastructure Fund 1 LP gerido pela Arcus European Investment Manager LLP, operação que valoriza o ativo Brisa em mais de três mil milhões de euros", segundo o comunicado.
De acordo com Jan-Willem Ruisbroek, responsável pela Estratégia Global de Investimento em Infraestruturas da APG, citado na mesma nota, o "consórcio tem capital disponível para fazer o negócio crescer e espera investir mais de 1,2 mil milhões de euros, nos próximos 15 anos, na manutenção e melhoria da rede rodoviária e no desenvolvimento de novas soluções de mobilidade".
António Pires de Lima, por sua vez, garantiu que estaria "focado na criação de oportunidades que venham acrescentar valor" aos 'stakeholders' da concessionária, "incluindo o Estado português" e "os clientes, de acordo com as melhores práticas de ESG [Environment, Social and Governance]".
A Brisa é uma operadora europeia de estradas com portagem, com uma rede de mais de 1.500 quilómetros "que cobre o eixo fundamental do sistema rodoviário português", recordam as empresas.