Avizinham-se "meses especialmente difíceis" para o Turismo
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, alertou hoje que se avizinham "meses especialmente difíceis" para o setor que tutela, devido às restrições impostas devido à covid-19.
© Global Images
Economia Rita Marques
Ao falar em Viseu, durante a assinatura do auto de consignação da empreitada da ecopista do Vouga, Rita Marques lembrou que, em agosto, havia "uma estimativa de poder ter uma redução das receitas turísticas na ordem dos 50%", mas essa percentagem deverá ser ainda maior.
"Em 2019, tivemos um total de receita turística de 18 mil milhões de euros e, portanto, tínhamos as estimativas de terminar 2020 com uma quebra de 50%. Provavelmente, já não será assim", afirmou.
Segundo a secretária de Estado, fruto das restrições que têm sido impostas e da evolução da situação epidemiológica nacional e mundial, provavelmente o setor será "ainda mais fustigado, alinhando às estimativas da própria Organização Mundial de Turismo, que apontavam para uma quebra na ordem dos 60/70%".
"Portanto, vamos ter de acompanhar a situação de uma forma muito atenta, muito ativa, no sentido de garantir que esta pandemia não nos leve tudo o que fizemos e construímos durante estes anos", frisou.
O projeto da ecopista do Vouga - que representa um investimento superior a três milhões de euros e deverá ficar concluída no prazo de ano e meio - é, na sua opinião, um exemplo de como trilhar o futuro.
"O futuro passa por continuarmos a posicionar Portugal como um destino competitivo, de excelência, como referência também no âmbito da sustentabilidade, e que nos permita reposicionar, desta forma, assim que a procura deixar de ficar reprimida", referiu.
Rita Marques mostrou-se esperançada em que "esta procura deixe de estar reprimida, provavelmente, não num futuro próximo, mas no decurso de 2021".
"A procura há de surgir, como aconteceu em agosto assim que os corredores aéreos forem abertos para o destino turístico Portugal", acrescentou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.395 pessoas dos 128.392 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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