O primeiro-ministro, António Costa, reforçou, esta quarta-feira, a necessidade de se evitar aglomerações, mas ao mesmo tempo deixou a mensagem de que é possível fazer compras de forma segura. Sublinhou que é necessário cumprir com medidas para controlar a pandemia e, neste sentido, é preciso que os cidadãos que vivem nos 121 concelhos de risco se habituem a esta ideia.
"Com muita probabilidade, o Presidente da República vai propor o Estado de Emergência, a Assembleia da República vai autorizar a declaração do Estado de Emergência. Seguramente, em todos os concelhos de risco elevado vamos ter de continuar a viver com medidas que vão ser agravadas e vamos ter de nos habituar a esta situação", disse o primeiro-ministro, em declarações transmitidas pela RTP3.
Sobre o comércio, Costa disse que o Governo tem "bem consciência que o comércio sofre indiretamente de um conjunto de outras regras. Quando se torna obrigatório o teletrabalho há menos pessoas a circular na rua", disse Costa, referindo que o comércio tem sido dos setores "mais afetados" por esta crise.
O primeiro-ministro deixou ainda uma mensagem sobre o Natal: "Queremos ter Natal. Queremos ter um Natal tão parecido como o Natal que as nossas tradições nos foram ensinando. Com bacalhau ou com perú (...) cada um escolherá", referiu.
"É muito importante para que tudo corra bem neste período de Natal evitemos as aglomerações e essa é a grande mensagem desta campanha: ter mais tempo para comprar, mais tempo para trocar para evitar as aglomerações", disse Costa, referindo-se ao acordo entre o Governo e várias associações comerciais para alargar o prazo de trocas.
O primeiro-ministro anunciou ainda que o Conselho de Ministros vai aprovar amanhã um "novo conjunto de medidas" de apoio à atividade económica e "em particular às micro e pequenas e médias empresas que estão a ter um esforço muito grande".