"Não acredito que vá conseguir impedir insolvência de todas as empresas"
António Costa reconhece que será impossível evitar a insolvência de todas as empresas perante a crise.
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Economia António Costa
O primeiro-ministro, António Costa, reconheceu, esta sexta-feira, que não será possível impedir a insolvência de todas as empresas, justificando com as dimensões da crise gerada pela pandemia. Sobre os novos apoios anunciados na quinta-feira, Costa adiantou que "se somam" ao lay-off.
"Não acredito que vá conseguir impedir a insolvência de todas as empresas. É impossível numa crise destas dimensões", disse o primeiro-ministro, em entrevista à Antena 1.
Questionado sobre as queixas dos empresários, Costa disse que se queixam "porque com a quebra da economia há menos procura".
Sobre os novos apoios para as empresas, aprovadas pelo Conselho de Ministros na quinta-feira, Costa disse que "se somam" ao lay-off, não o substituindo.
Costa destacou as duas novas linhas de crédito, para as empresas exportadoras e para empresas de apoio a eventos, que estão a ser muito afetadas pela crise. Sublinhou ainda os subsídios a fundo perdido destinados a micro e pequenas empresas dos setores mais afetados pela crise, como é o caso do comércio, cultura, alojamento e atividades turísticas e restauração.
Neste setor, precisamente, as empresas da restauração e alojamento registaram, em outubro, "quebras dramáticas de faturação" de 60% e 90%, respetivamente, segundo um inquérito da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).
No setor da restauração e bebidas, mais de 43% das empresas inquiridas registaram quebras homólogas de faturação acima dos 60% e, segundo a AHRESP, 41% daquelas empresas ponderam avançar para insolvência.
O número de insolvências cresceu 53,5% em setembro, em termos homólogos, para 660 registos, o valor mais alto verificado este ano e no mês em análise desde 2017, divulgou a Iberinform.
Já no global do ano há registo de 3.877 insolvências, com mais 424 empresas insolventes, o que traduz um aumento de 12,3%, em termos homólogos.
Acompanhe aqui a entrevista ao primeiro-ministro.
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