Questionado sobre se o Santander Totta, que também pertence ao grupo Santander, poderia ajudar a gestão de investimentos do Openbank a captar clientes, o responsável disse, num encontro virtual com jornalistas, que "seria fabuloso, seria fantástico".
"O Santander Totta obviamente é um banco de referência em Portugal", disse, considerando que seria positivo para o Openbank, "para o mercado e para os clientes", mas salientou que as ofertas são complementares.
"Somos licenças bancárias separadas, ofertas separadas, o cliente que é do Openbank só é do Openbank", esclareceu.
Gonzalo Pradas afirmou ainda que em Espanha só 10% dos clientes do Openbank "têm conta também no Santander ou têm algo com o banco Santander".
"Acreditamos que esta experiência em Espanha é transportável para Portugal", completou.
O responsável pela gestão de investimentos do Openbank destacou ainda o ambiente regulatório favorável, afirmando que "não há nada na regulação portuguesa" que impeça o banco de operar no país.
"Acreditamos que a regulação europeia nos está a permitir estar presentes em Portugal hoje. É um grande avanço face ao que tínhamos há muitos anos. E especialmente na gestão de investimentos, e na gestão digital de investimentos, para nós a regulação é um dos pilares que nos fez acreditar no conceito e na estratégia que temos", sustentou.
O Openbank lançou hoje um novo serviço de negociação em bolsa através dos seus serviços, através de um corretor, e Gonzalo Pradas afirmou que o banco não vê as criptomoedas como um ativo a disponibilizar aos clientes neste momento.
O Openbank é o banco totalmente digital do grupo Santander (os clientes acedem através de 'app' [aplicação] móvel, da página 'web' ou de contacto telefónico).
Apesar de ser um banco estrangeiro a atuar em Portugal, os depósitos no Openbank estão garantidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos espanhol.
