A pandemia veio obrigar muitas a empresas a lidar com vários desafios. Com o ano de 2020 a terminar, espera-se que o próximo ano seja já de recuperação e de retoma económica. Não há uma 'chave' para a recuperação, mas há alguns passos que podem ser dados nesse sentido.
“Ainda que não exista uma cartilha que guie os gestores passo a passo, há um conjunto de diretrizes a considerar e que são essenciais para dar resposta à crise e preparar a recuperação, relacionadas com o controlo dos gastos e a monitorização dos resultados. Apesar do futuro reservar ainda muita incerteza, começa a ver-se a luz ao fundo do túnel", afirma João Costa, country manager da Expense Reduction Analysts, citado num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
A Expense Reduction Analysts recomenda que as empresas tomem os seguintes sete passos:
- Ter um olho clínico na gestão de custos: Prestar atenção aos detalhes é crucial. Há que começar por estudar os custos variáveis, sondar o mercado e, em função disso, proceder às adaptações que se prove serem mais vantajosas.
- Assegurar a resiliência da cadeia de abastecimento: É muito importante compreender os riscos dos atuais fornecedores e identificar alternativas em caso de necessidade, de modo a minimizar potenciais roturas e garantir o cumprimento de prazos e a satisfação dos consumidores.
- Encontrar o equilíbrio entre preço, qualidade e serviço: Mais do que o preço, na escolha do fornecedor indicado, deve incluir-se na equação fatores que pesam na performance global e que dizem respeito à qualidade e ao serviço.
- Estar atento ao mercado: Os fornecedores são parceiros estratégicos do negócio, sendo que é sempre preferível fazer uma gestão eficiente dos contratos existentes. Contudo, há que manter as opções em aberto e perceber analiticamente quais as situações que justificam uma troca.
- Negociar os contratos: Os problemas tendem a esconder-se nas letras pequeninas. Ler e reler cada contrato nunca é demais. Na altura de fechar condições com fornecedores, deve ter-se presentes as cláusulas, os custos de manutenção e os serviços contínuos.
- Encorajar a inovação: A capacidade de inovar é, atualmente, um elemento crítico para o sucesso das empresas. Por isso, é imprescindível investir na competitividade por esta via, evitando ficar atrás da concorrência por inércia – em matéria de cadeia de abastecimento e não só.
- Planear uma estratégia holística: Acima de tudo, é preciso definir uma visão e montar uma estratégia acionável em torno dela, que permita proteger a saúde da tesouraria. Cada empresa terá a sua própria estratégia, adaptada à sua dimensão, volume de faturação, impacto e dificuldades detetadas.