Galp. Paragem levanta preocupações sobre "destino dos trabalhadores"
Governo mostra-se disponível para "reunir com a Galp e com as estruturas representativas dos trabalhadores", no seguimento da decisão da petrolífera de descontinuar a refinação em Matosinhos a partir do próximo ano.
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Economia Galp
O Ministério do Ambiente referiu, esta segunda-feira, em resposta ao anúncio da Galp de parar a atividade de refinação em Matosinhos, que a decisão levanta preocupações sobre o "destino dos trabalhadores" e mostra-se disponível para "reunir com a Galp e com as estruturas representativas dos trabalhadores".
"O encerramento das operações de refinação em Leça da Palmeira (Matosinhos), contudo, levanta preocupações, sobretudo no que respeita ao destino dos trabalhadores afetos àquela unidade industrial. O Ministério do Ambiente e da Ação Climática manifesta desde já a disponibilidade para, em nome do Governo, reunir com a Galp e com as estruturas representativas dos trabalhadores, exigindo da empresa todo o empenho e sensibilidade social para procurar soluções para o futuro próximo", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Ainda assim, o Ministério tutelado por Matos Fernandes lembra que as "medidas agora anunciadas inserem-se num processo de transformação nacional e internacional do setor energético, visando, de forma geral, a sua descarbonização", pode ler-se no mesmo comunicado.
Sublinha ainda o Executivo que "segundo as informações prestadas pela empresa, a Galp continua comprometida com investimentos em Portugal e na sua transformação de uma empresa de oil&gas em uma empresa que atua no setor energético, num sentido mais geral e ambientalmente mais sustentável".
"Segurança de abastecimento de combustíveis está assegurada"
O Governo revela ainda que o Porto de Leixões continuará a receber produtos refinados, que serão transportados por 'pipe line' para o local da refinaria, de onde serão distribuídos para a região norte do país, pelo que a "segurança de abastecimento de combustíveis está assegurada".
"Mantendo-se apenas a função logística, deve a Galp procurar rentabilizar os ativos físicos que detém em Leça da Palmeira para o desenvolvimento de novos negócios industriais no domínio da energia, estando o Governo disponível para colaborar com a empresa nesse domínio", pode ler-se na mesma nota.
A Galp Energia anunciou, esta segunda-feira, que vai parar a atividade de refinação em Matosinhos, concentrando estas operações em Sines em 2021, de acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Galp refere que "continuará a abastecer o mercado regional mantendo a operação das principais instalações de importação, armazenamento e expedição de produtos existentes em Matosinhos", e que está a "desenvolver soluções adequadas para a necessária redução da força laboral e a avaliar alternativas de utilização para o complexo".
No seguimento desta decisão, a petrolífera está a desvalorizar cerca de 5% na bolsa lisboeta, na sessão desta segunda-feira.
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