Governo pede "equilíbrio" e "justiça" à Galp por causa de trabalhadores
"A principal preocupação tem a ver com o futuro dos 400/500 trabalhadores que ali trabalham", disse o ministro do Ambiente, mostrando disponibilidade do Governo para colaborar no sentido de se encontrar um "destino justo" para os funcionários que vão ser afetados pela decisão.
© Global Imagens
Economia Matos Fernandes
O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, diz que o Governo está preocupado com o destino da meia centena de trabalhadores da Galp que vão ser penalizados pela descontinuidade da atividade de refinação em Leça da Palmeira.
"A principal preocupação tem a ver com o futuro dos 400/500 trabalhadores que ali trabalham", disse Matos Fernandes, em declarações à RTP3. "O Governo não pode deixar de exigir à Galp que tenha um papel de grande equilíbrio e de grande justiça perante os trabalhadores", acrescentou o ministro do Ambiente.
Reiterando a mensagem já transmitida pelo Ministério, em comunicado, Matos Fernandes disse que o Governo está "disponível" para, caso a Galp e os trabalhadores "entendam", participar naquilo que é um "destino justo para o futuro destes trabalhadores que vão ser afetados pela decisão", disse o ministro, justificando que "há fundos" para este fim.
Matos Fernandes disse que o Governo ainda não foi contactado e diz que a "porta está aberta", adiantando que os membros do Ministério estão "muito preocupados e muito atentos" ao assunto.
"Sem contar com este encerramento, Portugal já ia num bom caminho", disse Matos Fernandes, citando um relatório da Comissão Europeia sobre a redução de emissões. "Mas repito: Esta naturalidade da transformação não pode nunca deixar ninguém para trás. Para se conseguir a transformação energética necessária e a redução das emissões à procura de um mundo neutro em carbono são processos em que todos têm de ser envolvidos em democracia", reiterou.
A Galp Energia anunciou, esta segunda-feira, que vai parar a atividade de refinação em Matosinhos, concentrando estas operações em Sines em 2021, de acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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