Paragem da Galp tem "profundo impacto negativo". Afeta 1.500 pessoas
O Sindicato da Indústrial e Comércio Petrolífero diz que a decisão afeta 1.500 trabalhadores. Já o SITE Norte diz que já tinham tido "indícios" de que uma decisão deste género iria ser tomada.
© Galp Energia
Economia Galp
Os sindicatos de trabalhadores da Galp mostraram-se surpreendidos com a decisão da petrolífera de parar a refinação em Leça da Palmeira. Segundo as estruturas representativas dos trabalhadores, a decisão poderá afetar até 1.500 funcionários de forma direta e indireta.
A medida tem "profundo impacto negativo económico e social para a região e para o país. Tendo em conta que afeta 1.500 trabalhadores por alto, cerca de 500 trabalhadores diretos da Petrogal e mais cerca de 1.000 de empresas exportadoras de serviços", disse um representante do Sindicato da Indústrial e Comércio Petrolífero (SICOP) em declarações à RTP3.
O sindicato diz ter lutado por esta ser a "última das decisões", por entender que há condições para "manter a unidade em produção", tendo sido feitos vários alertas às autarquias.
Em reunião com o Ministério do Ambiente, o sindicalista diz que o Governo disse que a Petrogal era uma "empresa privada" e não mostrou abertura para "encontrar uma solução".
Também João Marinho, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE) Norte, diz que "já tinham suspeita de que algo iria ser feito", mas adiantou que a informação transmitida era "quase nula", mesmo perante insistência dos trabalhadores.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, diz que o Governo está preocupado com o destino da meia centena de trabalhadores da Galp que vão ser penalizados pela descontinuidade da atividade de refinação em Leça da Palmeira.
"A principal preocupação tem a ver com o futuro dos 400/500 trabalhadores que ali trabalham", disse Matos Fernandes, em declarações à RTP3. "O Governo não pode deixar de exigir à Galp que tenha um papel de grande equilíbrio e de grande justiça perante os trabalhadores", acrescentou o ministro do Ambiente.
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