Leixões com ligações diretas à Irlanda e Inglaterra para apoiar empresas

A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) estreia duas novas ligações diretas 'roll-on/roll-off' à Irlanda e Inglaterra a partir do Porto de Leixões, em Matosinhos, para apoiar as empresas no pós-Brexit, adiantou hoje.

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Lusa
05/01/2021 13:24 ‧ 05/01/2021 por Lusa

Economia

Brexit

As ligações serão feitas para Dublin (Irlanda) e Liverpool (Inglaterra), referiu a APDL, em comunicado.

"As novas rotas pretendem dar resposta à efetivação da saída do Reino Unido da União Europeia, permitindo diminuir o tempo de trânsito e simplificar a burocracia envolvida no transporte de mercadorias", sublinhou a administração portuária.

A anterior rota que cobria o Reino Unido, a partir do Porto de Leixões, permitia que o mesmo navio descarregasse em Dublin e, seguidamente, em Liverpool, numa só viagem.

Contudo, com o Brexit esta rota apresentava "maiores desafios" ao nível burocrático que, com estas duas novas ligações, estão agora simplificados, ressalvou.

Com estas novas ligações, Leixões passa a contar com cinco serviços semanais de carga 'roll-on/roll-off' (carga que embarca e desembarca sobre rodas), da responsabilidade do armador CLdN.

"Mais uma vez, o Porto de Leixões está na vanguarda do setor portuário português, procurando dar uma resposta célere, eficiente e duradoura aos desafios desencadeados pela efetiva saída do Reino Unido da União Europeia", disse o presidente da APDL, Nuno Araújo.

Para o responsável, este é "um passo da maior importância" para as empresas portuguesas que utilizam o porto, possibilitando-lhes que se mantenham competitivas e que não haja uma "travagem abrupta" do movimento de importação e exportação por via marítima.

No segmento de carga 'roll-on/roll-off', o Porto de Leixões fechou o mês de novembro a registar uma subida de 5% no número de unidades movimentadas, que correspondem a mais de 1,2 milhões de toneladas de mercadorias.

O Brexit tornou-se efetivo às 23:00 de dia 31 de dezembro, quase um ano depois de o Reino Unido ter oficialmente deixado a União Europeia (UE), em 31 de janeiro de 2020, na sequência do referendo popular de 2016.

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