Federação considera justo feiras poderem vender alimentos no confinamento
A Federação Nacional das Associações de Feirantes (FNAF) considerou hoje justa a continuidade da venda de produtos alimentares nas feiras e mercados, durante o confinamento geral, ressalvando que deverá haver ajudas para os feirantes de roupas e calçado.
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Economia Feiras
"Acho mais que justo. [...] O entendimento de todos é que os bens alimentares são um bem precioso para toda a população e para todos os portugueses", afirmou à agência Lusa o presidente o presidente da FNAF, Joaquim Santos, que reagia às novas medidas tomadas pelo Conselho de Ministros para controlar a pandemia de covid-19.
No artigo 17.º da versão final do decreto do Governo a que a Lusa teve acesso é referido que apenas é "permitido o funcionamento de feiras e mercados, nos casos de venda de produtos alimentares e mediante autorização do presidente do município territorialmente competente, de acordo com as regras fixadas nos números seguintes".
De acordo com Joaquim Santos, os feirantes têm trabalhado em conjunto com o Governo, realçando que as feiras "estão no mesmo pé de igualdade com os outros agentes económicos".
"Não podiam ser as feiras o parente pobre. [...] Penso que foi um encontro de ideias, onde todos estão no mesmo equilíbrio, na mesma balança comercial e todos estão contemplados. Foi isso que nós tentámos proteger e salvaguardar", indicou.
Com o comércio de roupa, calçado e acessórios de moda proibido, pelo menos durante um mês, Joaquim Santos defendeu "apoios equitativos" para todos.
"Iremos fazer também o nosso caminho e penso que serão contemplados com os mesmos apoios dos outros", disse, adiantando que o "Governo também já deu algumas diretrizes".
Sobre os principais problemas que afetam as feiras e os mercados, devido à pandemia, o presidente da FNAF lembrou que há "alguns agentes económicos a passar dificuldades", estando reportados já em "instituições de solidariedade".
"Tivemos seis ou sete meses após a reabertura bastante difíceis com bastantes indefinições e isso deixa alguma dúvida a quem exerce a sua atividade", apontou.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.236 pessoas dos 507.108 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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