"Pluris congratula-se com análise de decisão" dos reguladores

O empresário Mário Ferreira congratulou-se hoje com a 'luz verde' dos três reguladores sobre a OPA obrigatória da Pluris sobre a Media Capital, garantido que "tudo fará para que a liberdade" do jornalismo "não fique amordaçada".

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Lusa
26/01/2021 17:53 ‧ 26/01/2021 por Lusa

Economia

Mário Ferreira

A Autoridade da Concorrência deliberou hoje não se opôr à oferta pública de aquisição (OPA) obrigatória lançada pela Pluris Investments sobre a Media Capital, considerando que não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência.

Em novembro, a Pluris Investments, do empresário Mário Ferreira, lançou uma OPA obrigatória sobre 69,78% da Media Capital, na sequência da decisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) por considerar ter havido "exercício concertado" entre a Vertix (Prisa) e a Pluris.

A mesma posição tiveram os outros dois reguladores - Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) e Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), em parecer solicitado pela Concorrência.

"A Pluris congratula-se com a análise e decisão dos três reguladores e pelo equilíbrio revelado nas posições por eles tomadas", afirma Mário Ferreira, citado em comunicado.

O empresário, que entrou como acionista da dona da TVI em maio do ano passado, refere que "as relações francas e abertas com as autoridades de regulação são essenciais para a estabilidade acionista e o desenvolvimento do projeto pluralista e independente dos órgãos de comunicação da Media Capital".

"Num tempo em que a liberdade dos jornalistas deve cada vez mais ser uma preocupação de todos e o combate à manipulação de informação, por terceiros ou no interesse de proprietários de grupos de media é, estou certo, uma das batalhas de todos os jornalistas livres e seus representantes, a solidez dos projetos empresariais ligados à comunicação social é uma preocupação que deve estar presente nas ações de cada empresário responsável", salienta Mário Ferreira.

"A Pluris tudo fará para que a liberdade não fique amordaçada a outros interesses que não os da verdade", asseverou o empresário.

A Concorrência considera na sua deliberação, cita a Pluris, "que, independentemente das delimitações plausíveis de mercados relevantes, a operação de concentração não suscita quaisquer preocupações jusconcorrenciais, tendo em conta que, por um lado, não existe sobreposição entre as atividades da notificante e da adquirida e, por outro, não existe qualquer relacionamento não-horizontal entre as partes envolvidas".

O parecer da Anacom vai no mesmo sentido, ao referir que, "atento o exposto, analisados os elementos disponibilizados relativos à operação de concentração em análise, releva-se que a mesma não suscita questões concorrenciais relevantes nos mercados de comunicações eletrónicas", cita a Pluris, no comunicado.

Na deliberação ERC/2021/20, aponta a Pluris, o "Conselho Regulador [da ERC] não se opõe à operação de concentração notificada, por não se concluir que tal operação coloque em causa os valores do pluralismo e da diversidade de opiniões, cuja tutela incumbe à ERC aí acautelar".

Leia Também: AdC valida OPA de Mário Ferreira sobre a Media Capital

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