Valor médio do arrendamento caiu 3,5% na rede da Century 21

Redação, 05 fev 2021 (Lusa) -- O valor médio de arrendamento a nível nacional, na rede da Century 21, caiu 3,5% em 2020, para 817 euros, face ao ano anterior, em que atingia os 847 euros, segundo um comunicado da empresa do ramo imobiliário.

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Lusa
05/02/2021 06:30 ‧ 05/02/2021 por Lusa

Economia

Arrendamento

 

Apesar disso houve zonas do país em que a descida foi muito mais acentuada, como no Porto, em que caiu 38,5% para 691 euros, Lisboa com uma redução de 15,3% (1.031 euros) e Faro, que assistiu a uma queda de 19,8% nas rendas (702 euros).

De acordo com Ricardo Sousa, presidente executivo da Century 21 Portugal "esta descida é uma consequência do perfil de procura, com menor capacidade económica, bem como de famílias e jovens que procuram uma solução flexível e temporária de habitação, que optam pelo arrendamento como a alternativa possível".

O responsável referiu ainda que o ano anterior "foi também marcado pela transferência de muitos imóveis alocados ao alojamento local para o arrendamento de longa duração, o que influenciou o aumento da oferta e um maior ajuste do valor médio de renda nos imóveis transacionados em mercados como Lisboa e Porto, com a Cidade Invicta a registar quebras de quase 40% no valor médio de arrendamento, e onde os proprietários tiveram que se adaptar para arrendarem rapidamente os seus imóveis".

No que diz respeito à venda de casas, "as habitações mais procuradas pelos portugueses em 2020 continuaram a ser os apartamentos T2 e T3, mantendo-se, assim, o comportamento dos consumidores em termos de zonas preferidas, tipologias e dimensões dos imóveis transacionados", sendo que "registou-se uma subida de 6,9% no valor médio dos imóveis transacionados na rede Century 21 Portugal, em comparação com o ano anterior, e o valor médio fixou-se nos 170,5 mil euros, a nível nacional".

Neste caso, Lisboa subiu 7,4%, para 328.199 euros, enquanto o Porto desceu 0,4% (201.500 euros), tendo Faro caído 3,2% (184.145 euros). Setúbal registou o maior crescimento, de 22,1% (156.048 euros).

Ricardo Sousa acredita que "esta subida do valor médio dos imóveis transacionados é uma consequência direta da falta de oferta no segmento médio e médio baixo, uma situação que coloca ainda maior pressão na taxa de esforço dos portugueses para aquisição de casa".

A Century 21 revelou ainda que "entre janeiro e dezembro de 2020, a faturação da rede imobiliária superou os 49 milhões de euros, o que representa uma subida de 4,5% face aos 46,9 milhões de euros registados no mesmo período do ano anterior".

Além disso, "o volume de negócios mediado diretamente pela rede Century 21 Portugal e em partilha com outros operadores - onde um agente imobiliário representa o proprietário e outro, de outra empresa, representa o comprador - registou um ligeiro aumento de 1,6% para os 1.977.845.908 euros um indicador que também reflete o contexto geral do mercado imobiliário, num ano marcado pela pandemia", lê-se na mesma nota.

Em 2020, "foram realizadas 12.565 transações de venda de imóveis na rede nacional Century 21 Portugal, o que traduz uma quebra de 4,5% em relação às 13.160 efetuadas em 2019. O trimestre que mais contribuiu para a diminuição de operações de venda foi o segundo, que coincide também com os meses mais impactados pela crise pandémica, ao longo de 2020", indicou a empresa.

Por sua vez, "o número de operações de arrendamento registou uma subida de 5%, seguindo a tendência crescente do ano anterior. Em 2020, foram realizadas 2.685 operações de arrendamento, mais 127 do que as 2.558 efetuadas em 2019".

O último semestre de 2020 "revelou os níveis mais elevados de transações de arrendamento dos dois últimos anos", destacou a rede imobiliária.

A empresa acredita que "em termos macroeconómicos, 2021 será um ano claramente marcado pela incerteza relativamente à evolução da pandemia e ao seu efeito real na economia, em Portugal e a nível global".

No que diz respeito ao "setor imobiliário nacional, o mercado residencial é um dos segmentos em que os indicadores são moderadamente positivos, para 2021", visto que a "procura permanece forte -- tanto a nacional como a internacional - porque a maioria das transações imobiliárias é uma consequência de alterações da estrutura familiar".

Paralelamente, "o excesso de liquidez dos mercados e as taxas de juro historicamente baixas irão continuar a permitir a atração de investidores para o mercado residencial", sendo que a "oferta limitada continuará a ser o maior desafio do mercado imobiliário, em particular nas soluções para a classe média", indicou a Century 21.

 

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