O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, adiantou que o Governo está a rever a situação dos pais em teletrabalho, podendo estar em cima da mesa um eventual alargamento do apoio anunciado pelo Executivo, a propósito do fecho das escolas.
Em entrevista conjunta ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Leão disse que o "Governo está a avaliar situação dos pais em teletrabalho", perante a ameaça de uma coligação negativa no Parlamento, porque o PSD também poderá apoiar o alargamento do apoio.
À semelhança do primeiro confinamento, o Executivo decidiu atribuir um apoio excecional à família aos pais de menores de 12 anos. Porém, este apoio não é acumulável com outras ajudas criadas no âmbito da pandemia.
Ao abrigo deste mecanismo, os pais que tenham de faltar ao trabalho para prestar assistência inadiável a filho ou dependente a cargo têm direito a receber um apoio correspondente a 2/3 da sua remuneração base, com um limite mínimo de 665 euros e um limite máximo de 1.995 euros. Na prática, os pais recebem cerca de 66% do vencimento, conforme anunciou o primeiro-ministro, António Costa.
Porém, vários partidos e organizações têm pedido que este apoio seja alargado a 100% do salário. E não só.
A UGT, por exemplo, exige que o apoio excecional às famílias reativado pelo Governo devido ao atual fecho das escolas seja pago a 100%, abranja filhos maiores de 12 anos e também os trabalhadores em teletrabalho.
De acordo com o Negócios, a oposição quer alargar este apoio. Em resposta ao BE e ao PCP, que pretendem ir mais longe, o PSD vai propor que o teletrabalho deixe de 'travar' o acesso à referida ajuda.
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