"TAP não quer e não vai desinvestir no Porto e no Norte do país"
O presidente do Conselho de Administração (CA) da TAP, Miguel Frasquilho, garantiu hoje que a companhia aérea "não quer e não vai desinvestir no Porto e no Norte do país", mas é preciso garantir condições que permitam maior presença.
© Global Imagens
Economia Frasquilho
"A TAP não quer e não vai desinvestir no Porto e no Norte do país, mas, para isso, é preciso termos as opções em termos de aeronaves e de condições de competitividade que sejam acertadas e que nos permitam ter uma presença maior", afirmou o presidente do CA, perante os deputados da comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
Miguel Frasquilho sublinhou que há condições para que a TAP seja mais competitiva no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, que serve "a zona mais industrial do país" e um "polo exportador de relevância".
No entanto, apontou, é necessário "ter as aeronaves certas", de forma a concorrer com algumas companhias aéreas que têm atualmente uma presença significativa naquele naquela região e que é uma concorrência diferente da que acontece em Lisboa, onde a TAP tem o seu 'hub' (aeroporto que serve como centro de distribuição e transferência de voos).
"Vamos dar o nosso melhor para que a TAP possa ter no aeroporto Sá Carneiro uma dimensão igual, ou até superior, à que existia antes da pandemia, mas nunca perdendo de vista que o nosso 'hub' é Lisboa", afirmou o responsável.
Frasquilho admitiu que é possível a TAP ter uma operação "mais robusta" nos outros aeroportos do país, nomeadamente na Madeira e nos Açores.
"Tenham a certeza de que a TAP não esquece também a Madeira, como não esquece nenhum aeroporto do país", assegurou.
Em relação aos Açores, o presidente do CA apontou que se mantém o compromisso de passar a fazer a ligação aérea entre Ponta Delgada e Boston, nos Estados Unidos da América.
Segundo Miguel Frasquilho, nos cinco anos anteriores a 2019, a TAP passou de disponibilizar 278.000 assentos entre os Açores e o continente, para 650 mil assentos.
No mesmo período, prosseguiu, passou de 896.000 assentos disponíveis na rota Funchal-Lisboa, para 1,2 milhões, um aumento de 31%.
"Isto é a prova provada de que, de facto, nós estamos sempre muito atentos e queremos continuar a crescer a operação na Madeira e nos Açores", sublinhou. "Também teremos de olhar para a questão do Algarve, e olharemos", acrescentou.
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