Wall Street fecha em alta clara graças aos bons números do emprego
A praça nova-iorquina encerrou hoje em alta clara, graças aos bons números do emprego nos EUA, depois de uma semana marcada pela subida dos rendimentos das obrigações do Tesouro a 10 anos.
© REUTERS/Carlo Allegri
Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 1,85%, para os 31.496,30 pontos. O tecnológico Nasdaq progrediu 1,55%, para as 12.920,15 uniddes, e o alargado S&P500 subiu 1,95%, para as 3.841,94.
"Assistimos hoje a uma bela reviravolta", comentou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities, depois de Wall Street ter aberto sem orientação, com o Nasdaq a refletir em particular as inquietações dos investidores com a subida das taxas das obrigações.
No conjunto da semana, o Nasdaq é o único a apresentar uma evolução negativa (baixa de 2,06%), ao passo que o Dow Jones avançou 1,85% e o S&P500 subiu 0,81%.
A forte criação de emprego em fevereiro -- 379 mil, o triplo de janeiro --, bem como a descida da taxa de desemprego para 6,2%, "constituíram um bom relatório sobre o mercado de emprego, mesmo que ainda e esteja longe do pleno emprego", acrescentou.
Estes empregos foram criados principalmente em bares e restaurantes, mas também em outras atividades ligadas ao tempo livre e hotelaria, bem como nos serviços de saúde, comércio retalhista e indústria transformadora.
"Se os rendimentos obrigacionistas estabilizarem onde estão", um pouco acima dos 1,50% para os títulos a 10 anos, "podemos dizer sem risco que o mercado deixou de recuar", acrescentou Cardillo.
Muitos analistas consideraram a progressão dos rendimentos das obrigações, que atingiram durante a manhã um máximo de um ano, em 1,62%, como a antecipação da ressurgência da inflação nos EUA, em resultado da reanimação da economia e da campanha de vacinação.
Um cenário destes poderia levar a Reserva Federal a alterar a sua política de compras de ativos e subir as suas taxas de juro de referência.
Mas o seu presidente, Jerome Powell, voltou a afirmar esta semana que não considera esta possibilidade a curto prazo e classificou coo provisória uma eventual subida dos preços.
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