Lucro da NOS cai 36% em 2020 para 92 milhões de euros

O lucro da NOS caiu 35,9% no ano passado, face a igual período de 2019, para 92 milhões de euros, divulgou hoje a operadora de telecomunicações.

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Lusa
10/03/2021 19:47 ‧ 10/03/2021 por Lusa

Economia

NOS

 

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a NOS adianta que "o resultado líquido consolidado situou-se em 92 milhões de euros face aos 143,5 milhões registados um ano antes".

As receitas atingiram os 1.367,9 milhões de euros, o que representa uma quebra de 6,2% face ao ano anterior.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 5,7% para 603,2 milhões de euros.

No ano passado, as receitas de telecomunicações recuaram 2,6% para 1.346 milhões de euros e as receitas de cinema e audiovisuais diminuíram 54,7% para 53,8 milhões de euros. O EBITDA de telecomunicações recuou 1,8% para 573,6 milhões de euros.

O EBITDA de audiovisuais e exibição cinematográfica recuou 47,1% para 29,6 milhões de euros.

"A atividade de exibição de cinema registou uma profunda quebra, com uma diminuição na venda de bilhetes face ao ano anterior, ainda que ligeiramente inferior à queda do mercado nacional. Além do período de encerramento durante três meses, as restrições provocadas pela pandemia e o adiamento de lançamento de novos blockbusters por parte dos principais estúdios de produção, explicam este comportamento", adianta a NOS.

"Em 2020, a receita média por bilhete situou-se nos 5,3 euros, com o número de bilhetes vendidos a atingir 2,3 milhões, valor que compara com 9,3 milhões vendidos um ano antes", acrescenta.

Como resultado "do forte investimento que a NOS continua a realizar nas suas infraestruturas de rede, os serviços de última geração chegam a cada vez mais portugueses", salienta, apontando que a cobertura de rede fixa atingiu no final do ano passado 4,807 milhões de casas, mais 194 mil face a 2019 (+4,2%).

No ano passado, a operadora "aumentou a sua capacidade móvel em 25% para fazer face ao aumento da procura, ao mesmo tempo que investiu na expansão e modernização da rede 4G, e a preparou para o 5G".

O número de serviços empresariais atingiu 1,568 milhões no final do ano passado, o que compara com 1,491 milhões registados no mesmo período de 2019.

"A NOS fechou o ano com 9,964 milhões de serviços, dos quais 276 mil são novos serviços, o que representa um crescimento de 2,9% face ao ano anterior", salienta.

No móvel, "registaram-se mais 187 mil serviços face ao período homólogo" e "na televisão por subscrição registou-se uma variação positiva de 1,1% para 1,657 milhões".

O número de serviços de banda larga fixa "chegou aos 1,458 milhões, comparativamente com os 1,414 milhões registados em 2019, enquanto o número de serviços de voz fixa alcançou os 1,774 milhões, em comparação com os 1,749 milhões no final de dezembro de 2019".

Em termos de clientes convergentes e integrados, o número atingiu 61,7% da base de clientes de rede fixa, o equivalente a 977 mil clientes.

No último trimestre de 2020, assistiu-se a "uma recuperação nas receitas do principal negócio da NOS, os serviços de comunicações eletrónicas, com um aumento de 1% face ao trimestre homólogo de 2019, excluindo o impacto das receitas 'roaming', as receitas de telecomunicações cresceram 2,0%".

No quarto trimestre, o resultado líquido mais que duplicou para 12,9 milhões de euros.

A NOS adianta que no ano passado reforçou os seus investimentos, "em particular na área de comunicações".

Assim, o capex (investimento) total do grupo, excluindo os contratos de 'leasing', "aumentou 2,8% e atingiu 384,9 milhões de euros em 2020".

Nos últimos três meses do ano passado, o capex ascendeu a 115,4 milhões, um aumento de 15,7% em termos homólogos.

A dívida financeira líquida atingiu no final do ano passado 802 milhões de euros, um recuo de 26,7% face a igual período de 2019.

"A redução acentuada da dívida financeira líquida relaciona-se com o recebimento do pagamento proveniente da alienação da NOS Towering no final do terceiro trimestre de 2020", adianta.

O ano de 2020 "ficará marcado na história da NOS, acima de tudo pela nossa capacidade de execução, a qual só foi possível graças à resiliência, dedicação e entrega de todos os nossos colaboradores e parceiros", afirma o presidente executivo, Miguel Almeida, citado no comunicado.

"As comunicações eletrónicas e a conetividade revelaram-se ainda mais centrais e importantes na vida dos portugueses, e a resiliência das redes e o modelo de negócio da NOS responderam plenamente aos desafios, evidenciando-se e sublinhando a importância da NOS no dia a dia das famílias, das empresas e das instituições", afirma o gestor, salientando que 2020, início da pandemia covid-19, foi um ano desafiante para todos.

"Apesar do contexto económico adverso, a NOS continuou a investir centenas de milhões de euros no desenvolvimento e atualização das suas redes e plataformas, inovando nos produtos e serviços, de forma a melhorar ainda mais a experiência do cliente", sublinhou Miguel Almeida.

"Estamos entusiasmados com o poder transformacional do 5G e com todas as oportunidades que o lançamento desta tecnologia encerra", remata o presidente executivo.

 

 

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