Os ginásios estiveram encerrados no confinamento e a previsão é que assim continuem, pelo menos, até ao dia 5 de abril. Os dados do setor não são animadores e cerca de um quarto dos clubes terá já encerrado por falência.
"Neste momento, temos cerca de um quarto dos clubes encerrados por falência. De um universo de 1.200, 300 neste momento já estão encerrados por falência e antecipamos que vão haver mais", disse José Carlos Reis, da Associação de Empresas de Ginásios e Academias, em declarações à RTP3.
José Carlos Reis considera que o plano de desconfinamento dá uma "sensação de insegurança" relativamente aos clubes de ginásio, o que "não ajuda nada o setor".
O responsável apela, por isso, a "medidas específicas para o setor" e alerta que, caso contrario, será "muito complicado o futuro".
Os ginásios podem reabrir a 5 de abril, mas ainda sem aulas de grupo.
Plano de desconfinamento é uma "desilusão"
A Portugal Activo|AGAP, associação que representa as empresas de ginásios, considerou hoje que o plano de desconfinamento anunciado pelo Governo é uma "desilusão" e lembra que o setor já provou ser "seguro".
"Este plano é uma desilusão, porque consideramos que somos uma atividade essencial, que é promotora de saúde e não entendemos o porquê de não integrarmos a primeira fase de reabertura", disse à agência Lusa José Carlos Reis, presidente da AGAP, que reforçou esta posição lembrando que "não houve surtos nos ginásios" aquando do primeiro desconfinamento.
Sobre os efeitos desta paragem prolongada neste setor, o dirigente da AGAP afirmou que a associação está "muito preocupada" e que esta reabertura faseada prejudica ainda mais os ginásios.
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