CGTP recolheu milhares de testemunhos sobre problemas das trabalhadoras
As cerca de mil iniciativas que a CGTP promoveu por todo o país na Semana da Igualdade, que hoje terminou, permitiram recolher milhares de testemunhos sobre problemas das mulheres trabalhadoras, que a central vai continuar a divulgar e tentar resolver.
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Economia Central sindical
"Esta Semana da Igualdade excedeu os nossos objetivos, contámos com a participação de muitos milhares de mulheres e de muitos homens nas nossas iniciativas e conseguimos dar voz às mulheres, registámos muitos testemunhos reais, que vamos continuar a divulgar nas próximas semanas e vamos continuar a tentar resolver os problemas que nos foram transmitidos", disse à agência Lusa Fátima Messias , da comissão executiva da CGTP e coordenadora da Comissão para a Igualdade da central.
Segundo a sindicalista, desde o início da pandemia da covid-19 tem sido difícil contactar as mulheres que continuam a trabalhar no seu posto de trabalho e com as que estão em teletrabalho, mas ao longo desta semana os contactos sucederam-se por todo o país e setores de atividade.
"Conseguimos o que pretendíamos. Estivemos em todos os distritos e em todos os setores de atividade, com iniciativas dentro e fora dos locais de trabalho, de noite e de dia, e contámos com o envolvimento das mulheres e também de muitos homens e concluímos que o assédio existe tanto no setor privado como no público, assim como a desregulação das condições de trabalho", referiu.
Para Fátima Messias, o mais importante foi dar expressão pública aos problemas que as mulheres trabalhadoras enfrentam.
A dirigente sindical salientou que, apesar de as mulheres estarem cada vez mais representadas e ativas no mercado laboral, continuam a ser tratadas de forma desigual e têm cada vez mais dificuldade em conciliar o trabalho com a vida pessoal e familiar.
"A pandemia da covid-19 ainda veio agravar mais a situação, porque houve um aproveitamento por parte de muitas empresas para desregular ainda mais os horários de trabalho, não darem aumentos salariais e despedirem", disse Fátima Messias.
A Intersindical promoveu a semana da Igualdade para denunciar as situações de desigualdade e de dificuldade das mulheres em conciliar o trabalho com a vida pessoal e familiar.
Conferências e debates, tribunas públicas, concentrações e plenários junto a empresas e encontros em locais de trabalho foram as formas escolhidas para registar e divulgar casos concretos.
Para Fátima Messias, "foi uma semana muito positiva" e até permitiu aumentar o número de sindicalizações.
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