TAP propõe aumento de capital à Groundforce, Casimiro "disposto a ir"
O grupo TAP propôs, no domingo, disponibilizar à Groundforce 6,97 milhões de euros, através de um aumento de capital e não de um adiantamento, como estava a ser negociado, para desbloquear o impasse. Casimiro está disponível para acompanhar, mas não nos termos propostos pela companhia aérea.
© Pedro Fiúza/NurPhoto via Getty Images
Economia Groundforce
Ainda não se conhece uma solução para a Groundforce, mas o acionista privado, Alfredo Casimiro, admite a possibilidade de acompanhar um aumento de capital da empresa de 'handling'. Porém, alerta que não o fará nos termos propostos pela TAP.
"A minha resposta é simples: nos termos da lei, estou disposto a ir ao aumento de capital e corresponderei a minha parte", disse Casimiro, em declarações ao ECO, acrescentando "dentro dos termos da lei, estou disponível para convocar uma assembleia geral para deliberar um aumento de capital necessário para a empresa, no qual estou disponível a acompanhar e até a comprar algumas ações da TAP".
O grupo TAP propôs, no domingo, disponibilizar à Groundforce 6,97 milhões de euros, através de um aumento de capital e não de um adiantamento, como estava a ser negociado, para desbloquear o impasse.
Na missiva, a TAP afirma que a solução apresentada visa evitar um cenário de "rutura iminente" da empresa de handling (assistência em aeroportos), permitindo ultrapassar o "impasse" em que as negociações se encontravam e "assegurar a entrada de fundos na SPdH, no mesmo valor do adiantamento, para que esta possa fazer face ao pagamento de salários, contribuições e impostos".
Isto porque, na semana passada, soube-se que as ações da Pasogal já estão penhoradas, não podendo ser dadas como garantia para receber um adiantamento da TAP que serviria para pagar os salários aos 2.400 trabalhadores, nem para um empréstimo, para fazer face às necessidades de tesouraria a curto e médio prazo.
Trabalhadores continuam a 'lutar' pelos salários
Representantes dos trabalhadores da Groundforce estiveram, na segunda-feira, reunidos com assessores do Presidente da República e saíram do encontro "com esperança" que Marcelo os apoie junto de quem pode resolver a questão dos salários em atraso.
O movimento SOS handling promoveu mais uma manifestação, desta feita frente à residência oficial do Presidente da República, em Belém, apelando ao pagamento na íntegra dos seus salários, visto que, desde fevereiro, apenas receberam 500 euros.
"Saímos de lá com a esperança de continuarmos a ter o apoio do senhor Presidente, que é fundamental, junto de quem tem poder de resolver", afirmou aquela representante dos trabalhadores, deixando também um apelo ao acionista maioritário da empresa, para que aceite a proposta da TAP, de um aumento de capital de 6,97 milhões de euros.
Leia Também: Centenas de trabalhadores da Groundforce em Belém gritam pelos salários
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