Lucro da Sonaecom avança 15% para 60 milhões de euros em 2020
O lucro da Sonaecom avançou 15,3% em 2020, para 60,1 milhões de euros, contra 52,2 milhões registados em 2019, anunciou hoje a empresa.
© Lusa
Economia Sonaecom
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a empresa diz que o volume de negócios consolidado foi de 129,1 milhões de euros, menos 2,5% em comparação com os 132,4 milhões de 2019.
"O crescimento relevante dos serviços, principalmente dos serviços de cibersegurança, foi totalmente compensado pela redução na venda dos produtos, principalmente o negócio transacional de produtos terceiros e as vendas de jornais na área de media", refere.
Os custos operacionais ascenderam a 136,1 milhões, 6% abaixo do valor registado em 2019.
Por seu lado, o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu de 30,5 milhões para 11,8 milhões, totalmente explicado pela diminuição dos resultados de equivalência patrimonial e pelos itens não recorrentes, segundo justifica a empresa.
A empresa explica que a Sonae IM reavaliou o registo contabilístico das suas participações minoritárias, tendo optado por mensurar esses investimentos ao justo valor através de resultados de acordo com o modelo IFRS9.
Desta forma, até ao terceiro trimestre de 2020, os referidos investimentos encontravam-se registados ao justo valor através de outro rendimento integral (capital próprio) e aquela reclassificação gerou um impacto positivo de 0,6 e 15,8 milhões de euros, respetivamente nos resultados de 2019 e de 2020.
Os números de 2019 (e dos trimestres anteriores de 2020) foram agora "reexpressos para refletir essa reclassificação", justifica.
Na NOS, segundo a empresa, os impactos operacionais da pandemia nas receitas de 2020 foram sentidos principalmente na área do cinema (devido ao encerramento total das salas de cinema entre março e julho) e nas receitas de 'roaming'.
"Os desafios no setor do cinema são uma tendência internacional que deverá manter-se a curto prazo, com restrições de confinamento [devido à pandemia da covid-19] a nível nacional, impostas desde finais de janeiro sendo que os estúdios continuam a preferir não lançar grandes produções", refere.
Nos media, o jornal Público continuou a executar a sua estratégia digital, com reforço de competências e presença em plataformas online, mas o desempenho positivo do negócio 'online' "não foi suficiente para mitigar a evolução negativa das receitas do 'offline', o que se traduziu numa redução geral das receitas de 12,3%, mas contribuiu para uma evolução positiva ao nível do EBITDA.
A atividade, desde o inicio da pandemia, tem sofrido o impacto ao nível das receitas de publicidade e venda de jornais, com o fecho da maioria dos pontos de venda no segundo trimestre do ano devido ao confinamento geral do país nesse período.
A área de tecnologia, por sua vez, a Sonaecom diz ter tido um "sólido crescimento", com a melhoria da rentabilidade dos serviços de cibersegurança.
O Conselho de Administração da Sonaecom aprovou a proposta de distribuição de um dividendo ilíquido de 9,7 cêntimos por ação, correspondente a um rácio 'pay-out' de 50% do resultado líquido consolidado atribuível ao grupo e a um 'dividend yeld' (rentabilidade do dividendo) de 6,9%, considerando a cotação de fecho do dia 31 de dezembro de 2020.
Esta proposta está sujeita à aprovação na assembleia-geral de acionistas.
Hoje, pelas 09:30, as ações da Sonaecom seguiam a negociar na Euronext Lisbon em alta de 5,41% para 1,56 euros.
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