"Tenho vontade, tenho condições [de me manter à frente da Groundforce], acredito nesta empresa, já salvei esta empresa uma vez e tenho condições para a salvar mais uma vez", disse o administrador da Pasogal, que detém 50,1% da Groundforce, perante os deputados da comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, ressalvando que, para isso, conta com a disponibilização dos apoios das linhas covid.
Relativamente ao aumento de capital proposto pela TAP, Alfredo Casimiro garantiu ter "capacidade financeira" para o aceitar, mas diz que tem de perceber qual será o futuro da TAP na empresa de 'handling' (assistência em aeroportos), uma vez que o contrato de prestação de serviços entre as duas empresas termina em 2022.
"Capital significa capitalista e eu sou um capitalista, assumo-me como um capitalista, e só farei esse investimento se tiver condições para recuperar esse investimento num certo e determinado número de anos", sublinhou o administrador da Pasogal, acrescentando prever serem precisos 10 anos para recuperar o investimento no aumento de capital, que acredita que seja entre sete e 10 milhões de euros.
Desta forma, para ir ao aumento de capital, Alfredo Casimiro pretende obter por parte da TAP garantias de que o contrato de prestação de serviços será renovado por cinco anos e, posteriormente, por mais cinco.
Quanto ao empréstimo com aval do Estado de 30 milhões de euros das linhas covid, Alfredo Casimiro disse que ainda tem de ser procurada uma solução para a as garantias pedidas, solução esta que ainda não está "identificada".
Neste ponto, a Pasogal fez questão de reiterar que as ações que detém na Groundforce não estão penhoradas, mas sim empenhadas e que esse penhor "nunca foi ocultado" durante as negociações com a TAP e com os membros do Governo.
Alfredo Casimiro garantiu, ainda, que os "oito meses de atraso no pedido dos 30 milhões de euros", não se deve à falta de documentos, que foram entregues "com toda a celeridade".
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