"A crise do novo coronavírus está a arrastar-se, e isto está a fazer recuar o forte crescimento esperado", diz Timo Wollmershäuser, chefe de previsões do ifo.
Para 2022, o instituto espera agora um crescimento de 3,2%, contra 2,5% em dezembro.
Wollmershäuser estima que o custo total da crise da pandemia da covid-19 para os anos de 2020 a 2022 seja de 405.000 milhões de euros, medido em termos de produção económica perdida.
De acordo com a previsão do ifo, o número de desempregados diminuirá ligeiramente, designadamente de 2,70 milhões em 2020 para 2,65 milhões este ano e 2,44 milhões em 2022.
Estes números farão baixar a taxa de desemprego de 5,9% em 2020 para 5,8% em 2021 e depois para 5,3% em 2022.
Em relação à inflação, o instituto ifo espera que esta suba para 2,4% este ano e 1,7% em 2022, contra 0,5% em 2020.
O défice público deverá diminuir de 139.600 milhões de euros em 2020 para 122.900 milhões de euros este ano e subsequentemente para apenas 61.200 milhões de euros em 2022.
Em relação ao excedente da balança corrente criticado internacionalmente (exportações e importações de bens e serviços, juros e rendimentos de investimentos, transferências), o ifo prevê que este voltará a aumentar acentuadamente de 231.900 milhões de euros em 2020 (7% do PIB) para 275,6 mil milhões de euros em 2021 (7,8% do PIB), caindo depois ligeiramente para 263.500 milhões de euros em 2022 (7,1% do PIB).
"No entanto, a previsão depende fortemente da continuação do curso da pandemia. Se as vendas nas empresas de serviços diretamente atingidas pela crise da covid-19 se mantiverem no nível baixo registado no primeiro trimestre por mais três meses, então o aumento do PIB seria de apenas 3,4%, menos 0,3 pontos", precisou Wollmershäuser, adiantando que "o crescimento em 2022 seria então 0,2 pontos percentuais mais elevado, também de 3,4%".
Contudo, Wollmershäuser sublinha que neste cenário o custo total da crise da covid-19, medido como uma perda do PIB de 2020 a 2022, teria um acréscimo de 13.000 milhões de euros".
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