O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, sublinhou, esta sexta-feira, a resiliência do mercado de trabalho e adiantou que o "país conseguiu resistir melhor à crise do que se esperava".
Em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3, Leão reiterou que o Governo está "preparado" para continuar a apoiar a economia enquanto a pandemia durar.
Leão explicou que, relativamente ao ano passado, os números são melhores do que o previsto por causa do mercado de trabalho - e à semelhança do que se verifica em outros Estados-membros. Porém, este ano o cenário é o oposto e, por isso, vai rever as projeções para este ano.
"Os apoios à economia em 2020 superaram aquilo que tinha sido previsto. Ficaram cerca de mil milhões de euros acima do que tinha sido previsto no Orçamento para 2020", disse ainda o ministro das Finanças, justificando com os números do INE. Leão fala mesmo numa "dimensão sem precedentes dos apoios às famílias" que será provada pela execução orçamental de março.
O ministro de Estado mostrou-se ainda confiante relativamente à "aceleração" da recuperação da atividade económica na segunda metade do ano.
Já esta sexta-feira, em reação aos números do défice, o Ministério das Finanças sublinhou que a degradação do défice de 2020 foi "menos negativa do que o estimado" no OE2021.
Pandemia vai implicar revisão do crescimento da economia este ano
O Ministro da Economia disse que a pandemia vai implicar revisão do crescimento da economia este ano e louvou empresários, trabalhadores e famílias pela "resiliência admirável", que contribuiu para um défice menor que esperado.
"A pandemia vai implicar a revisão do crescimento da economia este ano", disse João Leão.
No entanto, este ano, disse, "a pandemia está a ter impacto mais forte do que antecipado", o que deverá levar a uma redução menor do défice de 2021 do que o esperado.
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