Contudo, "se a pandemia continuar este ano e no próximo, o Governo deve ponderar adiar o concurso para as novas licenças", defendeu o professor do Centro Pedagógico e Científico nas Áreas do Jogo e do Turismo do Instituto Politécnico de Macau (IPM), em entrevista à Lusa.
Ainda assim, sublinhou, "se a pandemia acabar rapidamente, talvez no fim deste ano, acho que o Governo deve seguir o plano inicial" e manter o calendário de 2022 para realizar o concurso para as licenças de jogo na capital mundial dos casinos.
A razão é simples, justificou: "O adiamento, de uma forma geral, não é bom para indústria [do jogo] por causa da incerteza", que "não é boa para fazer investimentos e para se tomarem decisões".
Isto porque "Macau é um mercado muito importante que [as operadoras de casinos] não querem perder", acrescentou.
Macau, capital mundial do jogo, é o único local em toda a China onde o jogo em casino é legal. Em 2019 obteve receitas de 292,4 mil milhões de patacas (cerca de 31 mil milhões de euros).
Contudo, no ano passado, devido ao impacto causado pela pandemia os casinos em Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas (6,4 mil milhões de euros), uma quebra de 79,3% em relação ao ano anterior.
Três concessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn, e três subconcessionárias, Venetian (Sands China), MGM e Melco exploram casinos naquela que é apelidada de Las Vegas da Ásia, mas que há muito ultrapassou as receitas dos casinos registadas naquela cidade norte-americana.
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