Em 2019, o volume de vendas total do setor do retalho tinha ascendido a 22.996 milhões de euros.
O retalho alimentar registou um aumento de vendas 8,1% no ano passado, face a 2019, para 15.621 milhões de euros, enquanto o retalho especializado caiu quase 18% (17,7%) para 7.032 milhões de euros.
"As restrições impostas devido à pandemia de covid-19 tiveram um forte impacto nos diferentes mercados do retalho especializado", salienta a APED.
No retalho alimentar, a categoria de produto que registou maior crescimento foi a de congelados, que aumentou em 17,6% as suas vendas, seguida do bazar ligeiro, que subiu 16,6%, e da mercearia, com 11,6%.
As vendas da categoria perecíveis registaram uma subida de 11,5% e as de bebidas 10,9%. Já a categoria de lacticínios teve uma subida de 5,7% e de higiene e limpeza 4,2%.
"Em 2020, a quota de mercado de marca própria foi de 35,1%, tendo aumentado 1,4 pontos percentuais" face ao ano anterior, refere a APED.
Por quota de mercado de canal de distribuição, os hipermercados registaram uma subida de 0,2 pontos percentuais para 23,6%, enquanto os supermercados registaram uma diminuição de 1,4 pontos percentuais para 57,7%.
Os canais 'hard discounters' e outros locais registaram aumentos de 0,6 e 0,5 pontos percentuais, respetivamente, para 11,2% e 7,5%, pela mesma ordem.
No que respeita ao retalho especializado, o mercado da informática foi o que "mais cresceu" em 2020, com uma subida de 23,1% do volume de vendas para 671 milhões de euros, enquanto aquele que maior queda registou foi o vestuário, com um recuo de 32,5% para 1.405 milhões de euros.
No segmento de bens de equipamento, depois da informática, os pequenos eletrodomésticos foram os registaram maior subida do volume de vendas (20,2% para 350 milhões de euros), seguidos dos grandes eletrodomésticos (12,9% para 667 milhões de euros).
O volume de vendas da eletrónica do consumo cresceu 4,6% para 362 milhões de euros, de acordo com o barómetro de vendas da APED relativo a 2020.
Em sentido inverso, as vendas da categoria de fotografia sofreram uma queda de 29,9% para 34 milhões de euros e as de equipamentos de telecomunicações 1,4% para 642 milhões de euros.
O segmento entretenimento e papelaria registou uma quebra de 8,6% no ano passado, face a 2019, para 298 milhões de euros, com o volume de vendas do entretenimento a recuar 9,4% para 269 milhões de euros.
As vendas de papelaria subiram 0,1% para 29 milhões de euros.
O volume de vendas da categoria combustíveis recuou 29% para 2.603 milhões de euros.
O peso do comércio eletrónico no total das vendas do retalho alimentar foi de 3% e no retalho especializado de 14,9%, refere a APED.
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