De acordo com o relatório Pulsar de África, hoje divulgado em Washington, as economias desta região contraíram-se 2% no ano passado, "perto do limite inferior da previsão feita em abril de 2020, e as perspetivas para a recuperação estão a fortalecer-se devido Às medidas de contenção das novas vagas da pandemia e aumento da velocidade de distribuição das vacinas".
O documento não apresenta a previsão de crescimento para todas as economias, mostrando só a média regional, embora revele dados individuais para as maiores economias da região, como Angola, que deverá crescer 0,9% este ano e 3,5% em 2022.
Com o título 'O Futuro do Trabalho em África: Tendências Emergentes na Adaptação à Tecnologia Digital', o relatório produzido pelo gabinete do economista chefe salienta que "a recuperação económica depende do aprofundamento de reformas que criem empregos, encorajem o investimento e melhorem a competitividade".
Por outro lado, "o ressurgimento da pandemia no final de 2020 e o limitado espaço para apoios orçamentais colocarão desafios aos decisores políticos".
Para o economista chefe do Banco Mundial para África, Albert G. Zeufack, "os países africanos fizeram investimentos tremendos no ano passado para manter as suas economias à tona e proteger as vidas e os rendimentos dos seus povos".
No entanto, diz que mas é preciso ainda garantir "reformas ambiciosas que apoiem a criação de empregos, fortalecem o crescimento equitativo, protejam os vulneráveis e contribuam para a sustentabilidade ambiental que será a chave para garantir que estes esforços se traduzem numa recuperação mais forte no continente africano".