No final de fevereiro de 2021, o montante global de empréstimos abrangidos por moratórias era de 45,6 mil milhões de euros, menos 0,1 mil milhões do que em janeiro, de acordo com os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Banco de Portugal (BdP).
"Esta variação resulta de uma redução de 0,8 mil milhões de euros em empréstimos que deixaram de estar abrangidos por este regime (dos quais 0,7 mil milhões referentes a particulares), que foi parcialmente compensada por 0,7 mil milhões de euros de novos empréstimos em moratória", pode ler-se no comunicado do BdP.
As novas adesões são de montantes idênticos para os particulares e para as sociedades não financeiras (0,3 mil milhões de euros).
Percentagem do montante dos empréstimos em moratória por setor de atividade © BdP
Do aumento líquido de 0,3 mil milhões de euros das sociedades não financeiras, 61% respeitava às empresas de alojamento e restauração. Este setor continuava a destacar-se pela preponderância das moratórias no total de crédito: no final de fevereiro, 58,6% do montante total dos seus empréstimos encontrava-se abrangido por moratória. A construção mantinha-se como o setor com maior montante em moratória, 5,5 mil milhões de euros, que representavam 32,6% do montante total de empréstimos concedidos a este setor de atividade.
O período de adesão às moratórias bancárias termina esta quarta-feira, dia 31 de março, depois de o prazo ter sido alargado pelo Governo. Deste modo, os clientes bancários podem solicitar o acesso à moratória pública relativamente a contratos de crédito hipotecário, crédito para educação e contratos de crédito a empresas.
Ainda assim, sublinhe-se, os contratos de crédito que acederem à moratória pública entre 1 de janeiro e 31 de março de 2021 apenas poderão beneficiar das medidas de apoio por um período máximo de nove meses.
Montante de créditos em moratória© BdP
[Notícia corrigida às 11h15.]