Cotação do barril Brent sobe 3,35% para 64,84 dólares
A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em junho terminou hoje no mercado de futuros de Londres em alta de 3,35%, para 64,84 dólares, em dia de reunião da OPEP e aliados, a designada OPEP+.
© Reuters
Economia barril Brent
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 2,10 dólares acima dos 62,74 com que fechou as transações na quarta-feira.
O ambicioso plano económico do presidente norte-americano Joe Biden e as expectativas de recuperação depois da pandemia impulsionaram hoje o preço do crude.
Esta subida da cotação ocorreu apesar da inesperada decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados de começarem a aumentar gradualmente a produção.
Com efeito, enquanto os investidores esperavam o prolongamento dos cortes da produção, a OPEP+ decidiu em sentido contrário.
Em comunicado emitido no final da sua reunião virtual, a OPEP+, que reúne os países da OPEP e 10 outros aliados, informou a sua intenção de aumentar a produção a partir de maio.
O grupo decidiu aumentar o nível de produção em 350 mil barris diários dia em maio, um aumento igual em junho e mais 441 mil barris diários em julho, indicou o Ministério da Energia do Cazaquistão, também em comunicado.
"A reunião aprovou um ajustamento nos níveis de produção para maio, junho e julho", disse a organização no comunicado em que constata "melhorias no mercado apoiadas pelos programas de vacinação e por medidas de estímulo nas principais economias", mas defende "prudência" devido à "volatilidade observada nas últimas semanas".
No início de março, foi decidido manter em abril os cortes vigentes na oferta petrolífera, com exceção da Federação Russa e do Cazaquistão, que aumentaram ligeiramente a produção.
A OPEP+, responsável por cerca de 60% da produção mundial de petróleo, mantém cortes no fornecimento de 6,85 milhões de barris por dia, de um total de 9,7 milhões de barris diários que decidiu retirar do mercado em maio de 2020, num corte sem precedentes para travar a queda do preço do petróleo devido à diminuição na procura causada pela pandemia de covid-19.
Por sua vez, a Arábia Saudita que tinha decidido reduzir em fevereiro a sua produção em um milhão de barris diários, de forma voluntária e adicional aos cortes da OPEP+, indicou agora que vai regressar progressivamente aos níveis anteriores.
"Aumentaremos 250 mil barris diários em maio, 350 mil em junho e 400 mil em julho", disse o ministro da Energia saudita, Abdelaziz bin Salman, em conferência de imprensa após a reunião.
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