"Há já cancelamentos de voos, o que tem natural impacto", afirmou João Fernandes em declarações à Lusa, notando, porém, que o impacto "não é muito expressivo do ponto de vista do número de turistas, mas é expressivo, sobretudo, para esta fase de arranque" do turismo algarvio.
Segundo aquele responsável, os voos estavam a começar a operar "com capacidades reduzidas", através de ligações iniciadas este mês entre o Algarve e seis cidades alemãs, operadas por quatro companhias, o que "demonstra bem a apetência que há dos alemães para visitar o Algarve".
A Alemanha colocou hoje a região do Algarve e os Açores na lista de zonas de risco face à pandemia de covid-19, com os turistas alemães a terem de cumprir uma quarentena de dez dias no seu regresso.
No entanto, os turistas provenientes desta região do sul de Portugal poderão interromper a quarentena ao fim de cinco dias em caso de teste negativo.
De acordo com o presidente do Turismo do Algarve, a Alemanha é o segundo maior mercado externo para o turismo algarvio, tendo em 2019 sido registadas 1,8 milhões de alemães em dormidas em hotelaria classificada na região.
"Vamos aguardar que a eficácia com que habitualmente o Algarve trava o evoluir destes surtos nos permita, na próxima revisão do Instituto Robert-Koch, podermos sair desta lista", afirmou, sublinhando que estas avaliações são "cíclicas".
A medida aplica-se a partir de domingo, segundo o instituto de vigilância sanitária alemão Robert-Koch (RKI).
O arquipélago dos Açores também se junta a esta lista, a par da região autónoma espanhola de Castilla- La Mancha e os Emirados Árabes Unidos devido a elevadas taxas de incidência.
Pelo contrário, a Alemanha retirou o Reino Unido das zonas de risco face à pandemia de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.987.891 mortos no mundo, resultantes de mais de 139 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.937 pessoas dos 829.911 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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