General indicado por Bolsonaro é o novo presidente da Petrobras

Joaquim Silva e Luna foi ministro da Defesa durante o governo de Michel Temer, e foi proposto pelo atual presidente para substituir Roberto Castello Branco na liderança da petrolífera estatal brasileira.

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© NORBERTO DUARTE/AFP via Getty Images

Tomásia Sousa
16/04/2021 20:37 ‧ 16/04/2021 por Tomásia Sousa

Economia

Petrobras

O conselho de administração da Petrobras aprovou, esta sexta-feira, a eleição do general Joaquim Silva e Luna como novo presidente da petrolífera estatal brasileira.

A substituição de Roberto Castello Branco pelo general da reserva do Exército Joaquim Silva e Luna, na presidência da petrolífera Petrobras foi proposta em fevereiro pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e agora ratificada em assembleia geral.

Além disso, o conselho elegeu quatro novos diretores, enquanto outros três foram reconduzidos nos seus cargos.

Rodrigo Araujo Alves foi eleito diretor financeiro e de relações com investidores, Cláudio Rogério Linassi Mastella, diretor de comercialização e logística, Fernando Assumpção Borges, diretor de exploração e produção e João Henrique Rittershaussen, diretor de desenvolvimento da produção.

Quanto aos reconduzidos nos cargos foram: Nicolás Simone, diretor de transformação digital e inovação, Roberto Furian Ardenghy, diretor de relacionamento institucional e sustentabilidade, e Rodrigo Costa Lima e Silva, como diretor de refino e gás natural.

Os acionistas da estatal brasileira Petrobras aprovaram na segunda-feira a destituição do presidente, Castello Branco, do cargo no Conselho de Administração.

Bolsonaro propôs Silva e Luna como novo presidente da estatal, decisão que surpreendeu o mercado, provocou uma grave crise e a queda das ações da companhia.

A decisão de nomear um militar para a direção dessa empresa estratégica surgiu dias após o chefe de Estado criticar a política de preços da atual administração da Petrobras e gerou temores de que o líder da extrema-direita brasileira pretendesse intervir na companhia e abandonar a sua política liberal.

Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, cedeu assim às pressões do setor dos camionistas, que ameaçavam com uma nova greve como a que paralisou o país em maio de 2018 caso os preços dos combustíveis continuassem a aumentar.

Silva e Luna foi ministro da Defesa durante o governo de Michel Temer, entre fevereiro de 2018 e o fim do mandato do ex-presidente.

Leia Também: Petrobras devolverá área de extração de petróleo no Brasil

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