O delegado de Timor-Leste do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa [Fórum de Macau], Danilo Lemos Henriques, que parte para Pequim na quarta-feira, explicou que as delegações vão encontrar-se com os embaixadores dos países de língua portuguesa na capital chinesa para partilhar os trabalhos que o Fórum de Macau tem realizado.
"É a primeira missão desde o início da pandemia", salientou.
Depois de Pequim, os delegados vão ainda a uma exposição de Comércio em Xangai e por fim deslocam-se a Qingdao, na província de Shandong, leste da China, onde farão apresentações de investimentos nos países de língua oficial portuguesa, detalhou.
A delegação regressa a Macau a 28 de abril.
A China estabeleceu a região administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum de Macau.
Este Fórum tem um secretariado permanente, reúne-se a nível ministerial a cada três anos e integra, além da secretária-geral e de três secretários-gerais adjuntos, oito delegados dos países de língua portuguesa, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
A 6.ª Conferência Ministerial, prevista para 2020, tem sido adiada por tempo indefinido devido à pandemia da covid-19.
As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa em 2020 foram de 145 mil milhões de dólares (120 mil milhões de euros), o que representa uma descida de 2,98% no período homólogo de 2019, de acordo com dados oficiais publicados no portal do Fórum de Macau com base nas estatísticas dos Serviços de Alfândega chineses.
O Brasil continua a ser o país lusófono com o maior volume de trocas comerciais com a China, garantindo mais de 80% dos bens transacionados, seguindo-se Angola, Portugal, Moçambique, Timor-Leste, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
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