China e Angola preparam voo direto em período de escassez
China e Angola vão inaugurar este ano um voo direto entre Luanda e Changsha, numa altura em que a escassez de ligações aéreas dificulta o regresso a casa de cidadãos chineses radicados em África.
© Wikimedia Commons
Economia TAAG
O voo vai ficar a cargo da companhia aérea angolana TAAG - Linhas Aéreas de Angola, segundo a embaixada de Angola em Pequim.
Não existe ainda data certa para a inauguração do voo.
Citado pela imprensa de Hunan, o Departamento de Comércio da província chinesa de Hunan, da qual Changsha é a capital, informou que o voo foi aprovado pelo Conselho de Estado chinês em 2020, mas que devido à pandemia da covid-19 a abertura foi adiada para este ano.
A inauguração da ligação aérea assume especial importância numa altura em que vários voos comerciais entre China e África foram suspensos, dificultando o fluxo dos chineses radicados no continente africano.
Estima-se que cerca de um milhão de chineses vivam em África.
Changsha assume um papel importante nas relações entre China e África.
Para além do voo de passageiros para Luanda, a cidade vai inaugurar uma ligação para transporte aéreo de carga para a Nigéria. A capital de Hunan conta já com um voo de passageiros para Nairóbi.
Em 2019, Changsha recebeu a primeira Exposição Económica e Comercial China/África.
Organizada em conjunto pelo ministério do Comércio chinês e o governo da província de Hunan, a exposição foi lançada no âmbito do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), visando estabelecer um "novo mecanismo" de cooperação comercial e económica entre a China e os países africanos.
Cerca de 30% dos funcionários de governos africanos que visitam a China incluem Changsha no programa de viagens, segundo dados do Governo chinês.
No início de abril, uma delegação composta por diplomatas dos países africanos de língua portuguesa visitaram a cidade, de acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
Os diplomatas visitaram empresas chinesas que operam em África e centros de pesquisa agrícola.
O país asiático tornou-se, em 2009, o maior parceiro comercial de África. Pelas estatísticas chinesas, em 2018, o comércio China-África somou 208 mil milhões de dólares (172 mil milhões de euros), um crescimento homólogo de 2,2%.
Angola é um dos maiores fornecedores de petróleo à China.
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