Depois das medidas voluntárias, a TAP prepara-se para mais saídas. O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Hugo Santos Mendes, adiantou que em cima da mesa estão entre 400 e 500 trabalhadores.
"Há cerca de 760 pessoas que foram aceites [pelas saídas voluntárias] (...) e algumas dezenas em análise. Há neste momento necessidade de a TAP ter mais saídas, entre 400 e 500", disse o secretário de Estado, em entrevista à RTP3 na terça-feira, avisando que será a TAP a apresentar aos trabalhadores a "apresentar as opções à escolha".
Ou seja, trata-se de uma "situação inversa" face à que se registou até então com as medidas voluntárias.
Terminou na semana passada a segunda, e última fase, de adesão a medidas voluntárias para os trabalhadores da TAP, depois de a companhia ter concedido mais uma semana aos colaboradores para analisarem as opções.
A TAP anunciou que iria iniciar uma "nova e última vaga" de adesão a rescisões por mútuo acordo, reformas e pré-reformas, depois de ter registado cerca de 690 adesões ao programa voluntário de medidas laborais.
Contas da companhia apontam que a grande maioria destas adesões, 70%, são referentes a rescisões por mútuo acordo, 14% a trabalho em tempo parcial, 8% a passagens à situação de reforma, 6% a pré-reformas e as restantes a licenças sem retribuição.
"TAP não está em condições de ajudar mais a Groundforce"
O Governo reconhece que os salários dos trabalhadores da Groundforce em maio poderão estar em risco, uma vez que a TAP não tem condições de voltar a ajudar a empresa, disse o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Hugo Santos Mendes.
"Vamos esperar que não cheguemos a uma situação em que o cenário de insolvência se possa colocar, mas o que podemos dizer é que a TAP não está em condições de ajudar mais a Groundforce. Isso é claro", referiu Hugo Santos Mendes, na mesma entrevista.
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