Segundo uma fonte contactada pela Lusa, a representação da acionista Vidatel pelo administrador judicial decorre da decisão judicial tornada pública em dezembro do ano passado.
A empresária angolana, que detinha 25% da Unitel, através da Vidatel, perdeu o controlo da empresa, através de uma decisão do Tribunal Supremo das Ilhas Virgens Britânicas tornada pública pela PT Ventures, que foi vendida à petrolífera estatal Sonangol que passou a deter a maioria acionista na operadora (50%)
De acordo com um comunicado divulgado na altura pela PT Ventures, o tribunal decidiu constituir administradores judiciais para a gestão de ativos específicos da Vidatel, Limited, empresa de Isabel dos Santos registada nas Ilhas Virgens, passando para a gestão destes todas as contas bancárias detidas e/ou controladas pela Vidatel.
Os administradores passaram também a controlar a participação de 25%, incluindo os direitos inerentes a essa participação, nomeadamente direitos de voto e de representação da Vidatel nas assembleias-gerais de acionistas da Unitel e o direito da Vidatel a receber dividendos passados e futuros (incluindo juros sobre os mesmos) da Unitel.
Na próxima assembleia-geral da Unitel -- a primeira sem Isabel dos Santos-, os acionistas irão deliberar sobre oito pontos, segundo a convocatória publicada hoje no Jornal de Angola.
A agenda de trabalhos inclui deliberações sobre o relatório e contas do exercício de 2020 e proposta de aplicação dos resultados, apreciação do desempenho da sociedade, e proposta de atribuição de prémios aos membros do conselho de administração.
Informações sobre a participação no BFA e sobre o saldo de dividendos acionistas nas contas da Unitel e deliberação sobre a decisão do Tribunal Provincial de Luanda relativa a anulações das deliberações da assembleia-geral de 15 de dezembro de 2014 também constam da agenda.
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