Os números da faturação, que subiu 48%, para os 26,2 mil milhões de dólares, e que assenta essencialmente nas receitas de publicidade, excederam as expectativas dos analistas. O agrado com os números divulgados na quarta-feira depois da bolsa nova-iorquina encerrar traduziu-se numa valorização de cinco por cento nas transações eletrónicas que se realizam depois do fecho de Wall Street.
"Há um ano, colocavam-se questões cruciais sobre a capacidade da Facebook enfrentar as consequências da pandemia para os negócios. Sabemos agora que o grupo não só resistiu, como se reforçou", comentou Aho Williamson, analista na eMarketer.
O conglomerado das redes sociais também não diminuiu o seu ritmo de crescimento em termos de utilizadores. Mais de 1,9 mil milhões de pessoas utilizam a Facebook todos os dias, o que representa mais oito por cento do que há um ano, segundo o comunicado da empresa com os resultados trimestrais.
E cerca de 3,45 mil milhões de utilizadores no mundo servem-se pelo menos de uma das plataformas do grupo (Facebook, Instagram, Messenger, WhatsApp) todos os meses.
Durante a crise sanitária, a sociedade investiu massivamente em produtos publicitários que facilitam as transações diretamente nos seus sítios e aplicações móveis.
"Vamos continuar a investir de forma agressiva para criar novas experiências importantes durante os próximos anos, incluindo em domínios ainda pouco explorados, como a realidade aumentada e virtual ou a economia dos influenciadores", indicou o fundador e presidente do conglomerado, Mark Zuckerberg, em comunicado.
Segundo a eMarketer, a Facebook está bem colocada para ultrapassar os 100 mil milhões de dólares de receitas publicitárias, pela primeira vez, em 2021.
Enquanto as empresas da economia tradicional têm sofrido com as restrições socioeconómicas decididas para responder à pandemia, despedindo milhões de pessoas, as de Silicon Valley prosperaram.
A Facebook emprega mais de 60 mil pessoas, mais 26% do que há um ano.
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