Efeito confinamento: PIB contrai 5,4% no 1.º trimestre, revela o INE
Os primeiros três meses deste ano foram marcados pelo confinamento devido à pandemia da Covid-19.
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Economia PIB
O produto interno bruto (PIB) contraiu 5,4% em termos homólogos e 3,3% em cadeia nos primeiros três meses do ano, de acordo com os dados divulgados, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Estes dados refletem o impacto do confinamento, no arranque de 2021, na economia portuguesa.
"O PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de -5,4% no 1.º trimestre de 2021 (-6,1% no trimestre anterior), refletindo os efeitos do confinamento geral decretado no início deste ano devido ao agravamento da pandemia Covid-19", pode ler-se no relatório do INE.
Porém, face ao trimestre anterior, o PIB contraiu 3,3%, depois de um ligeiro aumento (0,2%) no 4.º trimestre de 2020, "refletindo o impacto das limitações à mobilidade em consequência do agravamento da crise pandémica no início do trimestre".
O INE nota, contudo, que a evolução em termos homólogos é "influenciada por um efeito base", dado que, pela primeira vez, a comparação incide sobre um trimestre já afetado pela pandemia no último mês (março de 2020).
"O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB foi mais negativo no 1.º trimestre de 2021 que o observado no trimestre anterior, refletindo, em larga medida, uma redução mais acentuada do consumo privado", adianta o INE.
Por outro lado, a procura externa líquida apresentou um contributo menos negativo que no 4.º trimestre continuando, porém, a verificar-se uma contração mais intensa das Exportações de Bens e Serviços que a observada nas Importações de Bens e Serviços, "salientando-se em particular a redução muito significativa do turismo de não residentes".
Ao contrário do sucedido no primeiro trimestre de 2020, em que os efeitos do confinamento apenas se fizeram sentir a partir de março, este ano o confinamento prolongou-se praticamente por todo o trimestre.
Nos primeiros três meses do ano passado, e apesar dos maiores efeitos terem surgido apenas em março, o PIB recuou 2,2% face ao mesmo período de 2019, tendo os maiores efeitos se sentido no segundo trimestre, em que a economia portuguesa caiu 16,3%.
No conjunto do ano de 2020, a economia portuguesa acabou por cair 7,6% em volume, "refletindo os efeitos marcadamente adversos da pandemia covid-19 sobre a atividade económica", segundo o INE.
Para este ano, de acordo com o Programa de Estabilidade 2021-2025, o Governo prevê que o PIB cresça 4% (abaixo dos 5,4% anteriormente previstos), e em 2022 prevê um aumento de 4,9%.
[Notícia atualizada às 09h41]
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