"Perante a enorme pressão criada pela administração do Banco Santander junto dos trabalhadores, onde o processo de restruturação tem decorrido através de rescisões por mútuo acordo, verifica-se que pairam ameaças que as rescisões avancem sem o caráter voluntário por parte dos trabalhadores, o que inquina o processo e instabiliza a relação de diálogo social que os sindicatos da UGT sempre priorizaram com o Banco", afirma a central sindical, em comunicado.
A UGT diz que está a acompanhar a evolução do processo "com a necessária atenção e cuidado" e que vai "solicitar uma audiência ao Governo para expor o assunto".
A central sindical liderada por Carlos Silva sublinha ainda que "apoiará todas as ações que os seus sindicatos intentem para repor a transparência e a legalidade no processo de restruturação que o Banco Santander pretende levar a cabo".
Na quinta-feira, os três sindicatos bancários filiados na UGT - Mais, SBC (centro) e SBN (Norte) - reuniram-se e decidiram pedir reuniões aos grupos parlamentares e à administração do Santander Totta, para discutir a redução de postos de trabalho.
Os sindicatos reuniram-se para "analisar as medidas a tomar face aos ataques do Santander aos seus trabalhadores" e prometeram não desistir de apoiar os funcionários do banco.
Após o encontro foi pedida à administração do Santander "uma reunião com caráter de urgência", que foi marcada para a próxima quarta-feira, disse à agência Lusa o presidente do Mais Sindicato, António Fonseca.
O Santander anunciou na quarta-feira que chegou a acordo para a saída de 68 trabalhadores no primeiro trimestre deste ano, no âmbito da reestruturação do banco, e que prevê eliminar mais 100 a 150 postos de trabalho "cujas funções se tornaram redundantes".
A instituição bancária divulgou que o lucro entre janeiro e março caiu 71,2%, para 34,2 milhões de euros, com os resultados a incluírem uma provisão de 164,5 milhões de euros para fazer face à reestruturação dos recursos humanos.
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