O SNQTB considera que se trata de "uma medida completamente injusta, inqualificável, injustificada, inaceitável e uma ofensa para os trabalhadores".
Desta forma, refere, o sindicato agendou manifestações para dias 11 de maio em Lisboa (junto à sede do Banco Santander), 12 de maio no Porto (na Rua de Júlio Dinis), 13 de maio em Coimbra (Av. Fernão de Magalhães) e 14 de maio em Faro (Rua Tenente Valadim).
As manifestações realizam-se entre as 11:00 e as 14:00, refere.
"É incompreensível que a administração do banco Santander, um dos Bancos que mais lucros tem em Portugal e um dos bancos mais eficientes na Europa, proceda a despedimentos de forma unilateral, numa altura em que tem em curso um plano de reformas antecipadas por acordo, que deveria continuar a ser a matriz a seguir", considera o presidente do sindicato, Paulo Gonçalves Marcos, citado em comunicado.
Numa carta aberta à administração do banco Santander, que o SNQTB enviou na sexta-feira, o sindicato considera que "a maximização do lucro rentista não justifica o sacrifício dos bancários portugueses, que não são objetos descartáveis".
Por outro lado, o sindicato entende que a decisão de avançar para despedimentos de forma unilateral "revela falta de sensibilidade social, mais ainda em tempos de pandemia, e ocorre no preciso momento em que o banco Santander anunciou relativamente ao primeiro trimestre, por exemplo, um rácio de eficiência de 34,1%, um aumento do produto bancário em mais de 18% ou o crédito a clientes a subir 5%".
"Em qualquer parte do mundo, estes resultados são extremamente positivos. Aliás, o banco Santander todos os anos apresenta lucros muito confortáveis", aponta o SNQTB na carta aberta à administração do banco Santander.
Na quarta-feira, o Mais Sindicato, o SBC -- Sindicato dos Bancários do Centro e o SBN -- Sindicato dos Bancários do Norte exigiram que o Santander Totta "cumpra a sua promessa" de que só haveria saídas por acordo com os trabalhadores.
No mesmo dia, o Santander adiantou que chegou a acordo para a saída de 68 trabalhadores no primeiro trimestre deste ano, no âmbito da reestruturação do banco, e que prevê eliminar mais 100 a 150 postos de trabalho "cujas funções se tornaram redundantes".
A instituição divulgou que o lucro entre janeiro e março caiu 71,2% para 34,2 milhões de euros, com os resultados a incluírem uma provisão de 164,5 milhões de euros para fazer face à reestruturação dos recursos humanos.
Os sindicatos afirmaram em comunicado, na altura, que foram "surpreendidos pela nota de imprensa" do banco, "e subsequentes declarações" de que pretende "reduzir o número de trabalhadores, recorrendo a medidas unilaterais -- ou seja, a despedimentos".
Leia Também: UGT vai pedir audiência ao Governo sobre reestruturação no Santander