O Mais Sindicato, o SBC - Sindicato dos Bancários do Centro e o SBN - Sindicato dos Bancários do Norte deram conta de uma reunião com a administração do banco, que decorreu hoje, onde as estruturas sindicais "manifestaram as suas preocupações face às recentes declarações do banco e apresentaram alternativas".
No dia 28 de abril, o Santander anunciou que tinha chegado a acordo para a saída de 68 trabalhadores no primeiro trimestre deste ano, no âmbito da reestruturação do banco, e previa eliminar mais 100 a 150 postos de trabalho "cujas funções se tornaram redundantes".
A instituição divulgou no mesmo dia que o lucro entre janeiro e março caiu 71,2% para 34,2 milhões de euros, com os resultados a incluírem uma provisão de 164,5 milhões de euros para fazer face à reestruturação dos recursos humanos do banco.
"A administração foi sensível aos argumentos e à postura dos sindicatos, que reiteraram estar dispostos a negociar e encontrar soluções", garantiram as estruturas.
Assim, o banco "comprometeu-se a adiar a aplicação de qualquer medida unilateral, aceitando proceder em conformidade com o pedido dos sindicatos" que querem "negociar saídas por acordo e não por decisão unilateral do banco", contactar "todos os trabalhadores que pretendam aceitar a reforma e cumpram o requisito de terem 55 ou mais anos", abrir "o processo de candidaturas a rescisões por mútuo acordo (RMA)" e "requalificar os que querem continuar no banco, pois há muito trabalho e muitos trabalhadores estão a ser sobrecarregados".
Em outro encontro, que decorreu esta terça-feira, os sindicatos e a UGT reuniram-se com a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.
"Muito célere a responder ao pedido, a ministra do Trabalho mostrou-se sensível às preocupações transmitidas e comprometeu-se a contactar a administração do banco Santander", adiantaram, acrescentando que a governante "garantiu ainda manter um canal aberto com os sindicatos para acompanhar a questão da redução de quadros de pessoal na banca".
"Os sindicatos aguardam agora a marcação de reuniões com os vários grupos parlamentares e com a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT)", remataram.
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