Governo e Santander sensíveis a preocupações sobre despedimento, diz UGT
Os três sindicatos de bancários da UGT consideraram hoje que o Governo e a administração do Santander foram sensíveis às preocupações por si manifestadas relativamente à intenção de despedir mais de 100 trabalhadores do banco.
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Economia Sindicatos UGT
O Mais Sindicato, o Sindicato dos Bancários do Centro e o Sindicato dos Bancários do Norte reuniram-se na terça-feira com a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, e hoje com a administração do Santander para discutir alternativas ao despedimento anunciado há uma semana pelo banco.
"Não é ainda o resultado que gostaríamos, mas o Governo e o Santander foram sensíveis às nossas preocupações", disse à agência Lusa o presidente do Mais Sindicato, António Fonseca.
Segundo António Fonseca, na reunião de hoje com a administração do banco os sindicatos da UGT reiteraram que devem ser negociadas saídas por acordo, e não por decisão unilateral do banco, e que ao mesmo tempo devem ser contactados todos os trabalhadores com mais de 55 anos que pretendam reformar-se.
Os sindicatos defenderam ainda a abertura de um processo de candidaturas a rescisões por mútuo acordo e a requalificação dos trabalhadores considerados excedentários que queiram continuar no banco, "pois há muito trabalho e muitos trabalhadores estão a ser sobrecarregados".
De acordo com a mesma fonte, o Santander "comprometeu-se a aceitar e proceder em conformidade com o pedido dos sindicatos".
António Fonseca disse à Lusa que a ministra do Trabalho "prometeu intervir da melhor forma face à redução de trabalhadores na banca".
Os sindicatos aguardam agora a marcação de reuniões com os vários grupos parlamentares e com a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), para analisar a situação.
O Santander anunciou na quarta-feira passada que chegou a acordo para a saída de 68 trabalhadores no primeiro trimestre deste ano, no âmbito da reestruturação do banco, e que prevê eliminar mais 100 a 150 postos de trabalho "cujas funções se tornaram redundantes".
A instituição bancária divulgou que o lucro entre janeiro e março caiu 71,2%, para 34,2 milhões de euros, com os resultados a incluírem uma provisão de 164,5 milhões de euros para fazer face à reestruturação dos recursos humanos.
No comunicado de apresentação dos resultados dos primeiros três meses do ano, o banco referiu que "a otimização da rede de agências implicou a redução de 427 para 386 balcões (entre dezembro de 2020 e março de 2021)", ou seja, o fecho de 41 balcões.
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