Groundforce: Regressa o impasse e a incerteza para os trabalhadores

Os representantes dos trabalhadores e o ministro Pedro Nuno Santos estiveram reunidos na segunda-feira, depois de a TAP ter pedido a insolvência da Groundforce. O ministro terá declarado que "tanto a TAP como o Governo" pretendem "manter a empresa e todos os postos de trabalho". Porém, os salários podem não estar garantidos.

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Notícias ao Minuto com Lusa
11/05/2021 09:06 ‧ 11/05/2021 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

Groundforce

O tema da Groundforce conheceu desenvolvimentos na segunda-feira, com a TAP a requerer, na "qualidade de credora", a insolvência da SPdH - Serviços Portugueses de Handling, S.A. (Groundforce) "junto dos Juízos de Comércio de Lisboa do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa". 

Com isto, regressa a incerteza para os trabalhadores da empresa de 'handling', para quem os últimos meses têm sido conturbados. 

Ao que indica o ECO, os salários dos 2.400 trabalhadores da empresa estão em risco de ficar novamente em atraso. Isto porque houve uma reunião entre o Governo e os sindicatos, na segunda-feira, na qual o ministro Pedro Nuno Santos os informou que não há liquidez na empresa para pagar as remunerações deste mês.

A transportadora aérea portuguesa justificou que o objetivo da ação passa por, "se tal for viável", salvaguardar "a viabilidade e a sustentabilidade da mesma, assegurando a sua atividade operacional nos aeroportos portugueses".

A companhia aérea destaca depois o "agravamento da situação financeira" da empresa de 'handling', a "inexistência de soluções credíveis para a possibilidade de obtenção de financiamento (em particular, face à recusa de financiamento e de prestação de garantia por parte da Caixa Geral de Depósitos e do Banco Português de Fomento)", a "recente decisão unilateral (e ilegal) da Groundforce de considerar inválidos e ineficazes os contratos celebrados em 19 de março de 2021 com a TAP, observando-se o seu incumprimento por falta de pagamento do aluguer dos equipamentos vendidos à TAP" e a "falta de condições que, na perspetiva da TAP, o acionista maioritário da Groundforce tem para restabelecer a confiança dos seus credores".

Insolvência não impede venda de posição da Pasogal

A TAP garante, contudo, que o pedido de insolvência da Groundforce que apresentou "não impede" o processo de venda de 50,1% da Pasogal, de Alfredo Casimiro, anunciado no fim de semana, de acordo com um comunicado.

O principal acionista da Groundforce anunciou no fim de semana, em comunicado, ter contratado o banco Nomura para assessorar a venda da participação de 50,1% da Pasogal na empresa Groundforce, e pediu "especial atenção" ao possível negócio com Aviapartner.

CT da Groundforce garante que "tudo fará" para defender empresa

A comissão de trabalhadores (CT) da Groundforce garantiu também que tudo fará para defender a empresa e os postos de trabalho, após a TAP ter apresentado o pedido de insolvência da empresa.

"Neste momento de incerteza, apelamos a todos os trabalhadores que mantenham a serenidade, com a convicção de que tudo faremos para que a nossa empresa e todos os postos de trabalho sejam defendidos", vincou a CT da Groundforce, num comunicado divulgado após o final da reunião com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

Os representantes dos trabalhadores adiantaram ainda que, na reunião, Pedro Nuno Santos declarou que "tanto a TAP como o Governo" pretendem "manter a empresa e todos os postos de trabalho".

Leia Também: Lisboa. Apesar da suspensão inicial, tarifas no aeroporto sobem quase 5%

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