"As fortes posições financeiras e externas da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau], bem como o elevado rendimento 'per capita', vão continuar a fornecer amortecedores físicos contra choques para apoiar as notações de crédito", salientou a agência internacional, num relatório divulgado na segunda-feira.
A volatilidade do crescimento da economia de Macau deriva de uma estrutura económica altamente concentrada, sendo a indústria do jogo e o turismo responsáveis por metade do crescimento, indicou.
Existe um elevado grau de interdependência entre as duas atividades, "uma vez que a indústria do jogo deriva as receitas dos turistas e cerca de 70% dos turistas vêm da China", acrescentou.
Ao manter a classificação estável, a Moody's indicou esperar que a atividade económica da RAEM volte ao nível pré-pandemia até 2024.
"O crescimento do Produto Interno Bruto [PIB] de Macau está intimamente ligado ao ressurgimento da China, incluindo as atividades de vacinação no continente, o que atenuaria as restrições de viagem", destacou.
As classificações na categoria "Aa", a quarta mais alta da Moody's, são de alto grau de investimento e estão sujeitas a um risco de crédito muito baixo.
Em 2020, o PIB de Macau registou uma contração anual de 56,3% e atingiu 194,4 mil milhões de patacas (20,3 mil milhões de euros), enquanto o PIB 'per capita' cifrou-se em 285.314 patacas (29,7 mil euros), de acordo com dados oficiais.
A economia de Macau é altamente dependente dos casinos e do turismo chinês, tendo registado em 2019, o último ano antes da pandemia, quase 40 milhões de turistas.
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