Concurso para empreendedores do ISCTE fica mais 3 anos
O concurso internacional de empreendedorismo tecnológico promovido pelo ISCTE, que atribui anualmente até um milhão de euros a novos projetos, vai continuar por mais três anos e apostar na internacionalização, anunciou hoje um responsável pela iniciativa.
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Economia Internacionalização
"Chegámos a acordo com a Caixa [Capital - Grupo Caixa Geral de Depósitos] para mais três anos do Building Global Innovators", ou BGI, uma iniciativa que tem a colaboração do programa MIT Portugal e que "já está a ser pensada a nível internacional", com a instalação no estado brasileiro de Minas Gerais, com o nome BGI Brasil, disse Gonçalo Amorim.
O diretor da BGI Portugal falava aos jornalistas na apresentação da cerimónia para anunciar o vencedor da edição deste ano, a quarta, a ter lugar na próxima semana, em Lisboa, com quatro projetos finalistas, um por cada área em que se divide o concurso.
A GlucoWise, do Reino Unido, é uma das finalistas, da área de tecnologia na saúde, na diabetes, e desenvolveu um dispositivo que permite controlar de forma precisa e contínua os níveis de açucar no sangue, através de pequenos sensores que podem ser colocados no lóbulo de uma orelha ou na mão, entre o polegar e o indicador.
Na área das cidades inteligentes, foi escolhida a Watgrid, com a sua plataforma integrada de gestão de consumo e qualidade de água para empresas de distribuição deste recurso, que permite um controlo à distância, através de sensores inteligentes.
Do Brasil, chegou a Cucco, na área da web (internet), com um projeto dirigido a pequenos prestadores de serviços, para eliminar dificuldades de agendamento por telefone, com marcações online.
A finalista da área de produtos e serviços de consumo é a MeshApp e apresenta uma aplicação de internet que permite ter numa única página o conteúdo e interações das contas sociais do utilizador, notícias e correio eletrónico, tanto no computador como no telemóvel.
O concurso, que conta também com os parceiros Caixa Capital, Sloan Business School, Deshpande Center for Innovation e oito universidades e laboratórios portugueses, atribui anualmente apoios até um milhão de euros, distribuídos pelas startups, empresas que estão a iniciar atividade com base num produto inovador, à medida que o processo se desenvolve.
Cada finalista recebeu 100 mil euros e o vencedor terá mais 100 mil euros.
O BGI, que tem uma ajuda centrada na fase de comercialização dos produtos ou serviços, já recebeu 384 candidaturas, cerca de 100 por ano, na maior parte na área do software, abrangendo 1.498 empreendedores de 22 países, envolvendo financiamentos que totalizam 22 milhões de euros.
Aliás, Gonçalo Amorim disse que na atual edição, quase metade dos candidatos são estrangeiros, ficando os portugueses com cerca de 60%, mas as equipas reúnem habitualmente técnicos ou investigadores de vários países.
"Muitas entidades, como universidades, além dos empreendedores, candidatam-se ao BGI para obter financiamento, apoio nas tarefas de gestão da empresa e comercialização do produto, mas também para aceder à rede internacional. E assim colocamos Portugal no mapa" das interrelações entre investigação, empresas e financiadores, salientou Gonçalo Amorim.
"Portugal tem de saber integrar-se em cadeias de valor, de âmbito internacional, para comercializar tecnologia de forma global e esta rede permite trocar ideias e conhecimentos e encontrar parceiros de outros países", defendeu.
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